A partir deste domingo (31), medicamentos podem ficar mais caros em todo o Brasil. O governo federal protocolou o plano de elevação, que permite que os preços destes insumos sejam elevados em até 4,5%. Trata-se de um reajuste de caráter anual.
O aumento em questão foi definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, e não tem mais volta. A definição do reajuste já foi protocolada e ratificada na edição da última quinta-feira (28), do Diário Oficial da União (DOU).
Este aumento toma como base o modelo do teto do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e funciona como uma espécie de teto. Em geral, pode-se dizer que este é o menor aumento dos medicamentos desde 2020, quando o reajuste aprovado foi de 4,08%.
Como fugir do aumento
Considerando que este novo aumento funciona como um teto, é importante notar que a decisão final sobre o tamanho da elevação vai depender da decisão do proprietário de cada farmácia. Ele pode optar por aplicar o aumento todo de uma vez, ou parcelar durante o ano.
Neste sentido, uma dica importante para tentar fugir dos preços mais salgados é investir cada vez mais em uma pesquisa. Isso porque muito provavelmente os diferentes estabelecimentos poderão trazer preços muito diferentes para o mesmo medicamento.
Assim, antes de comprar um remédio a partir do próximo domingo (31), a dica é prestar bem atenção aos preços cobrados, e escolher pela compra do produto na farmácia que optou por não repassar a elevação toda de uma só vez.
Farmácia Popular cresce
Em meio aos aumentos no valor dos medicamentos, as pessoas estão procurando por projetos que ajudam no processo de aquisição de medicamentos. Um dos mais famosos destes programas é o Farmácia Popular.
Seis meses após o relançamento deste projeto, o governo federal anunciou nesta semana novos números sobre o benefício social. Este é o programa que concede medicamentos e insumos gratuitamente, ou ao menos com algum nível de desconto, para pessoas em situação de vulnerabilidade social.
De acordo com o Ministério da Saúde, pouco mais de 22 milhões de brasileiros foram impactados pelo sistema do Farmácia Popular no ano de 2023. O número, ainda segundo a pasta, representa o melhor resultado “dos últimos anos”, do ponto de vista do quantitativo de atendidos.
No último mês de novembro, por exemplo, o programa atendeu pouco mais de 1 milhão de beneficiários do Bolsa Família. Vale lembrar que para este público as condições de retirada do medicamento são ainda melhores, já que todos os medicamentos da lista são gratuitos.
“Com o relançamento, o credenciamento de novas farmácias e drogarias foi aberto em 811 cidades do Brasil. A prioridade foi para aquelas que participam do Mais Médicos. 94,4% estão no Norte e no Nordeste”, disse o governo federal por meio de nota publicada recentemente.
A lista do Farmácia Popular
Abaixo, você pode ver a lista atualizada de medicamentos completamente gratuitos que estão sendo oferecidos nesta nova fase do programa Farmácia Popular.
Asma
- brometo de ipratrópio (0,02 mg e 0,25 mg);
- dipropionato de beclometasona (50 mcg, 200 mcg e 250 mcg);
- sulfato de salbutamol (100 mcg e 5 mg).
Diabetes
- cloridrato de metformina (500 mg, com e sem ação prolongada, e 850 mg);
- glibenclamida (5 mg);
- insulina humana regular (100 ui/ml);
- insulina humana (100 ui/ml).
Hipertensão
- atenolol (25 mg);
- besilato de anlodipino (5 mg);
- captopril (25 mg);
- cloridrato de propranolol (40 mg);
- hidroclorotiazida (25mg);
- losartana potássica (50 mg);
- maleato de enalapril (10 mg);
- espironolactona (25 mg);
- furosemida (40 mg);
- succinato de metoprolol (25 ml).
Agora, você pode conferir a lista atualizada de remédios que estão com descontos dentro do sistema do Farmácia Popular. Note que para os usuários do Bolsa Família os medicamentos desta lista também são gratuitos.
Anticoncepcionais
- acetato de medroxiprogesterona (150 mg);
- etinilestradiol (0,03mg) + levonorgestrel (0,15 mg);
- noretisterona (0,35 mg);
- valerato de estradiol (5 mg) + enantato de noretisterona (50 mg).
Dislipidemia
- (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg)
Doença de Parkinson
- carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg);
- cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg)
Dislipidemia
- (colesterol alto): sinvastatina (10 mg, 20 mg e 40 mg)
Doença de Parkinson
- carbidopa (25 mg) + levodopa (250 mg);
- cloridrato de benserazida (25 mg) + levodopa (100 mg)
Glaucoma
- maleato de timolol (2,5 mg e 5 mg)
Incontinência
- fralda geriátrica
Osteoporose
- alendronato de sódio (70 mg)
Rinite
- budesonida (32 mg e 50 mg);
- dipropionato de beclometasona (50 mcg/dose)
Diabetes tipo 2 + doença cardiovascular (> 65 anos)
- dapagliflozina (10 mg).