O volume de vendas para o Dia das Crianças deverá atingir a marca de R$ 8,4 bilhões em 2023. Pelo menos é o que aponta a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em resumo, o faturamento deverá ser bastante expressivo neste ano, superando em 1,3% o volume financeiro registrado no Dia das Crianças de 2022 (R$ 8,3 bilhões).
Confira abaixo o volume de vendas no varejo para o Dia das Crianças nos últimos anos:
Os dados acima mostram que o resultado deste ano, caso as estimativas se confirmem, será o mais forte dos últimos anos. Aliás, o desempenho deverá ser o mais expressivo desde 2014, quando o Dia das Crianças movimentou R$ 9,12 bilhões no país.
Vale destacar que, em 2020, o resultado foi bem mais fraco que os demais devido à pandemia da covid-19. Em resumo, a crise sanitária impactou diversos setores e atividades em todo o mundo.
Como a pandemia obrigou milhões de pessoas a fazerem isolamento social, o Dia das Crianças foi bastante afetado. Ainda assim, outras datas comemorativas, como o Dia das Mães, sofreram impactos mais fortes, pois ocorreram mais próximo da decretação da pandemia, em março de 2020.
Antes da pandemia, as vendas físicas se destacavam no país, figurando como a principal escolha dos consumidores. No entanto, com a chegada da crise sanitária, muitas pessoas passaram a realizar as compras online, enquanto outras simplesmente suspenderam os gastos.
Além disso, a pandemia provocou a perda de milhões de empregos em todo o mundo, inclusive no Brasil. Ao mesmo tempo, muitos trabalhadores também sofreram com a redução da jornada de trabalho e, consequentemente, com a diminuição da renda. Tudo isso afetou o consumo no país, principalmente em 2020.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o Dia das Crianças tem uma enorme importância para o varejo brasileiro. “O Dia das Crianças ocupa a terceira posição no calendário de eventos mais relevantes para o varejo nacional em termos de volume de vendas, ficando atrás apenas do Natal e do Dia das Mães“, disse Tadros.
A expectativa é que a data impulsione o varejo nacional em 2023, que ainda se recupera dos impactos provocados pela pandemia. “Os consumidores podem aproveitar preços mais estáveis para adquirir presentes, enquanto o setor varejista continua sua trajetória de recuperação econômica após os desafios impostos pela pandemia“, afirmou Tadros.
Vale destacar que o Dia das Crianças deve ser beneficiada pela recente redução dos juros no país. Entre agosto e setembro, o Banco Central reduziu em 1,0 ponto percentual a taxa de juros do país, para 12,75% ao ano.
Em síntese, quanto mais altos os juros estiverem, mais alto fica o custo de vida. Portanto, os recentes cortes da taxa de juros deverão influenciar os brasileiros a comprarem mais na data, beneficiando o varejo do país.
A CNC estima que a cesta de presentes do Dia das Crianças deverá ficar 7% mais cara que em 2022. Em síntese, a entidade analisa os preços de 11 grupos de itens, cuja demanda tipicamente cresce na data comemorativa.
Os segmentos que deverão registrar as maiores altas em seus preços são:
Segundo o levantamento, apenas dois segmentos deverão ter preços mais baixos em 2023:
A CNC também revelou que o maior volume das vendas nacionais deve se concentrar em poucos estados. Em resumo, cinco locais devem se destacar em neste ano, concentrando mais da metade do volume financeiro esperado para o Dia das Crianças.
Veja abaixo quais são os estados que terão papel importante em 2023:
A saber, esses cinco estados serão os destaques do Dia das Crianças em 2023 em termos regionais, concentrando quase 67% do volume financeiro registrado no país.
Contudo, o grande destaque de 2023, registrando o maior avanço em relação a 2022, será o Ceará. O volume financeiro movimentado no estado deverá crescer 7,7% neste ano.
Entre os ramos, o maior volume de vendas deverá vir novamente de vestuário, calçados e acessórios, cujo faturamento esperado é de R$ 2,83 bilhões. Em outras palavras, o segmento responde por 33% do volume financeiro movimentado no Dia das Crianças em 2023.
Por sua vez, o setor de eletroeletrônicos e brinquedos aparece em segundo lugar, respondendo por 25% do volume movimentado no país. A CNC projeta que as vendas do segmento deverão totalizar R$ 2,13 bilhões.
Por fim, fechando o top três, deverá ficar o segmento de perfumaria e farmácias, com um volume financeiro projetado de R$ 1,4 bilhão. O segmento deverá registrar o maior avanço percentual em relação a 2022, de 2,8%.