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Devolução de Pix? Veja como sistema pode funcionar

Um dos sistemas de transferência de renda mais populares do país, o Pix parece ter chegado para ficar. Devido ao seu processo de envio de dinheiro rápido, intuitivo e gratuito, cada vez mais brasileiros estão aderindo ao novo sistema nos últimos anos.

Mas ao mesmo passo em que o Pix conta com várias facilidades, o fato também é que este sistema conta com alguns problemas. Um deles, por exemplo, é a falta de possibilidade de devolução do dinheiro em caso de fraude. Uma vez enviada, a quantia não pode mais ser revista para a vítima.

A devolução do Pix

Este é o tipo de problema que pode estar com os dias contados. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e o Banco Central (BC) iniciaram os debates em torno de melhorias no chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), um recurso criado justamente para facilitar as devoluções em casos de fraudes.

Os estudos em torno do tema ainda estão em fase inicial, e a tendência é que o sistema de devolução ainda vá demorar para chegar aos celulares dos brasileiros. De acordo com informações de bastidores, a projeção mais otimista é de que o sistema de devolução só estará pronto em 2026.

Banco Central está tentando desenvolver novidades neste sentido. Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Como vai funcionar

Hoje, a avaliação da Febraban é de que os criminosos espalham o dinheiro de golpes e crimes em várias contas diferentes. Isso dificulta a tarefa dos investigadores. A ideia é criar um sistema que aprimore esta investigação e possa identificar estes crimes mais rapidamente, o que permitiria uma devolução.

“A Febraban acredita que o MED 2.0 (nome do sistema de devolução) será um grande avanço para a prevenção e combate a golpes e fraudes e possibilitará também maior êxito no bloqueio e recuperação de valores”, relatou Walter Faria, diretor adjunto de Serviços da Febraban.

Recorde

Você fez ou recebeu algum Pix na última sexta-feira (7)? Se sim, saiba que você contribuiu para que o sistema batesse um recorde histórico. Ao menos é o que revelam os números divulgados pelo Banco Central (BC) no início desta semana. Mais de 206,8 milhões de transações foram feitas naquele dia.

O valor das transações feitas na sexta-feira (7) também estabeleceu um novo recorde: R$ 90,9 bilhões. Nunca na história do Pix, tanto dinheiro foi transferido em um intervalo de 24 horas. O recorde anterior no número de transações era de 201,6 milhões, e foi alcançado em abril deste ano.

Quando se considera também os números da quinta-feira (6), é possível afirmar que pela primeira vez na história, o número de transações realizadas ultrapassou a marca das 400 milhões em um intervalo de 48 horas, o que indica que cada vez mais os brasileiros estão aderindo ao sistema.

“Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”, diz o BC em nota.

WhatsApp fez anúncio sobre Pix

O WhatsApp anunciou na última quinta-feira (6) que vai adotar o Pix como forma de pagamento instantâneo em parte de suas transações. A ideia é permitir este tipo de pagamento entre os clientes e empresas diretamente no app de mensagens. O novo recurso será válido apenas no Brasil.

Mas o fato é que ainda não há uma data para que o uso do Pix pelo WhatsApp comece a funcionar. Esta é uma informação que a Meta, empresa que responde pelo gerenciamento do site, vai indicar apenas em um segundo momento.

A novidade em questão foi anunciada no palco Conversations, um evento global da meta que acontece neste momento na cidade de São Paulo. O presidente executivo do mensageiro, Mark Zuckerberg, não está presente no evento, mas participou de um painel através de um contato por vídeo.