Chamado de Desenrola, este programa é voltado para as renegociações das dívidas dos brasileiros. E pelo que parece, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad está fazendo de tudo para que Luiz Inácio Lula da Silva possa ter o projeto em mãos o quanto antes.
Rita Serrano, presidente da CEF (Caixa Econômica Federal) também comentou sobre o assunto. Ela anunciou que o lançamento acontecerá daqui a poucos dias.
Como você poderá ler em mais detalhes na matéria de hoje do Notícias Concursos, o Desenrola será voltado para aqueles que recebem, no máximo, dois salários-mínimos, ou seja, R$ 2,6 mil mensais. Contudo, Fernando Haddad ainda tem alguns ajustes para fazer.
Totalizando, serão aproximadamente 50 milhões de negativados que poderão se beneficiar com o projeto. Nesse sentido, o ministro afirmou a necessidade de atenção para a solução deste problema, pois se não for resolvida a questão do alto endividamento no pós-pandemia, as famílias não conseguirão mais se reestruturar.
O Desenrola funcionará como um fundo garantidor tendo recursos públicos para arcar com os débitos daqueles que recebem, no máximo, dois salários-mínimos. No entanto, especula-se que o programa talvez tenha aplicações futuras para pessoas das demais faixas de renda. Mas, a diferença será que o risco do empréstimo para as faixas salariais altas, ficará por conta dos bancos.
Nesse ínterim, o ministro pretende apresentar o Desenrola ao presidente assim que possível. Agora, ao longo das últimas discussões sobre as diretrizes do programa, vem-se escolhendo instrumentos para incentivar instituições a aproveitar e ampliar suas atuações para o combate à inadimplência.
Finalmente, o fundo provavelmente contará com algo aproximado a R$ 20 bilhões. Na prática, o foco da utilização dos recursos será a baixa renda. Resumindo, a intenção é permitir que instituições financeiras coloquem limites de juros baixos, aumentando simultaneamente os prazos para quitação.
O programa Desenrola, em suma, vem para que se coloque em prática muito o que o presidente Lula já pregou tantas vezes e com o qual Fernando Haddad concorda. É preciso colocar os mais pobres para atuar ativamente no orçamento, tanto quanto os mais abastados.
Recentemente, o Ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT) chegou a dizer que poderia inserir as pessoas com dívidas no consignado do Auxílio Brasil no programa Desenrola.
Ele afirma que mais de R$ 8 bilhões já estão sendo acumulados em dívidas por causa deste crédito. Há um temor de que ao menos uma parte destes usuários passem a contrair cada vez mais dívidas em um país já marcado por esse endividamento.
A presidente da Caixa, Rita Serrano vem dizendo que não será possível dar uma anistia para estas dívidas, e que o Governo Federal terá que procurar outros meios para ajudar os endividados do programa social.