Desenrola: Banco do Brasil alcança marca histórica em renegociações

Desenrola: Banco do Brasil alcança marca histórica em renegociações

Banco do Brasil divulgou nesta segunda-feira (28) uma atualização sobre a marca de negociações no programa Desenrola

O Banco do Brasil divulgou nesta segunda-feira (28) novos detalhes sobre o processo de negociação de dívidas através do programa Desenrola. De acordo com o comunicado, a instituição financeira acaba de bater a marca de R$ 1 bilhão em negociações realizadas desde o início do projeto.

Ao todo, pouco mais de 122 mil clientes do Banco do Brasil já conseguiram limpar os seus nomes a partir do programa Desenrola. Estes são números que compreendem pouco mais de um mês e meio do projeto, que foi oficialmente lançado no último dia 17 de julho.

Vale lembrar que o Banco do Brasil foi uma das instituições que aproveitou o contexto do Desenrola para lançar outros projetos internos de negociação de dívidas. Juntando todos os projetos que estão sendo oferecidos, as negociações já atingiram a marca dos R$ 6,7 bilhões.

“É uma satisfação podermos atuar de forma comercial com um olhar social, já que estamos literalmente desenrolando a vida de mais de 700 mil clientes do conglomerado BB”, afirma Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil.

As condições do Banco do Brasil

Embora o Desenrola tenha sido criado pelo Governo Federal, o fato é que neste momento inicial do projeto, as negociações são feitas diretamente entre o cliente e a instituição. Deste modo, cada banco é livre para oferecer as suas melhores condições e ofertas para o pagamento da dívida.

No caso específico do Banco do Brasil, a ideia é ofertar descontos de até 25% nas taxas de juros de renegociação, e prazo de até 120 meses para pagamento, para os públicos selecionados. Para quem deseja se livrar da situação de inadimplência de uma só vez, há a opção de realizar o pagamento à vista com até 96% de desconto.

Desenrola: Banco do Brasil alcança marca histórica em renegociações
Banco do Brasil oferece descontos de até 96% no Desenrola. Imagem: Marcelo Camargo/ Agencia Brasil

Faixa 2

O programa Desenrola do Governo Federal atende basicamente  duas faixas de público. São elas:

  • Faixa 1: pessoas que possuem renda per capita de até dois salários mínimos, e que tenham contraído dívidas de até R$ 5 mil até 31 de dezembro do ano passado;
  • Faixa 2: pessoas que possuem renda per capita de até R$ 20 mil, e que tenham contraído dívidas exclusivamente com bancos até o dia 31 de dezembro do ano passado.

Neste primeiro momento, apenas a Faixa 2 está sendo atendida pelo programa. Estamos falando, portanto, de cidadãos que possuem dívidas exclusivas com bancos. Isso explica o porquê de instituições como o Banco do Brasil estarem sendo tão beneficiadas pelo processo agora.

De acordo com informações de representantes do Ministério da Fazenda, o público da chamada Faixa 1 é mais numeroso, justamente porque são cidadãos mais pobres. Eles devem começar a ser atendidos no próximo mês de setembro. O lançamento oficial do aplicativo para a Faixa 1 estará disponível entre os dias 25 e 29 do próximo mês.

Números totais do Desenrola

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) comemorou os primeiros números do Desenrola, e classificou o programa como uma grande vitória do governo federal, da sociedade brasileira e das instituições financeiras.

“No primeiro mês do Programa Desenrola Brasil foram registrados R$ 9,5 bilhões em volume financeiro negociados, exclusivamente pela Faixa 2, no qual os débitos bancários são negociados diretamente com a instituição financeira em condições especiais. Essa faixa inclui as dívidas bancárias dos clientes que tenham renda mensal superior a 2 salários-mínimos e menor que R$ 20 mil e que não estejam incluídos no Cadastro Único do Governo Federal”, disse a Febraban.

Desenrola para empresas

Os números do Desenrola já estão fazendo com que membros do governo federal sinalizem novas versões do programa. Na última semana, por exemplo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, sinalizou a possibilidade de criar um programa semelhante voltado para as empresas.

“Quero propor um novo Desenrola para investimento no Brasil. Vamos pegar a dívida ativa, que são trilhões, e o Estado não consegue cobrar. As empresas não pagam, e isso fica no passivo, e elas não conseguem ter financiamento porque tem o passivo”, disse.

“Vamos transformar um pedaço desta dívida em investimento, PAC, política industrial e alavancar para valer o desenvolvimento do país. Precisamos do ‘Desenrola Empresas’, e quem sabe a dívida ativa poderia vir nesta direção”, completou.

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