Os números do mercado de trabalho estão cada vez mais positivos no Brasil em 2023. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação ficou em 7,8% no trimestre móvel encerrado em agosto deste ano.
Essa é a menor taxa de desemprego desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando a desocupação estava em 7,5%. Isso evidencia os grandes resultados conquistados no primeiro ano do governo Lula.
Aliás, o primeiro trimestre de 2023 não teve bons resultados, visto que o desemprego cresceu no país. Contudo, a situação mudou nos meses seguintes e agora se mantém em campo positivo no segundo semestre do ano.
A taxa de desocupação caiu 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em maio (8,3%). Já na comparação com o trimestre móvel encerrado em agosto de 2022 (8,9%), a taxa teve uma queda ainda maior, de 1,1 p.p. Estes resultados refletem a melhora do mercado de trabalho brasileiro.
Vale destacar que a população desocupada totalizou 8,4 milhões de pessoas no trimestre móvel de junho a agosto deste ano. Isso representa uma queda de 5,9% em relação ao trimestre móvel anterior (menos 528 mil pessoas) e uma redução de 13,2% em um ano (menos 1,3 milhão de pessoas desocupadas).
As fortes quedas estão reduzindo a quantidade de pessoas sem um trabalho no país. No entanto, os números continuam elevados, ainda mais para uma grande economia como o Brasil. Por isso que o governo espera dados ainda mais positivos ao longo do ano.
A PNAD Contínua revelou outros dados referentes aos primeiros meses do governo Lula. A saber, a população ocupada somou 99,7 milhões entre junho e agosto, número 1,3% maior que o do trimestre móvel anterior (mais 1,3 milhão de pessoas).
“Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, explicou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio do IBGE, Adriana Beringuy.
Na comparação com o trimestre móvel de junho a agosto de 2022, houve um crescimento de 0,6% da população ocupada (mais 641 mil pessoas). Em resumo, o crescimento mais intenso na base trimestral refletiu os números mais fracos nos primeiros três meses do governo Lula.
A PNAD ainda mostrou que o nível de ocupação ficou estimado em 57,0%, alta de 0,6 p.p. na comparação com o trimestre móvel anterior. Já na base anual, o indicador se manteve estável. A propósito, nível de ocupação se refere ao percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar.
O levantamento do IBGE ainda revelou que a população desalentada no Brasil somou 3,6 milhões no período. Esse número ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior, mas teve uma forte queda de 16,2% em um ano (menos 692 mil pessoas).
O IBGE explica que a população desalentada é formada por pessoas que estavam fora da força de trabalho do país devido a alguma das seguintes razões:
Em outras palavras, os desalentados do país formam a parte da força de trabalho potencial. Isso quer dizer que eles poderiam trabalhar, mas não o fizeram devido a circunstâncias específicas.
Os dados também mostraram que o percentual de desalentados na força de trabalho atingiu 3,3% entre abril e junho de 2023. Na comparação trimestral, o nível ficou estável, mas, na base anual, houve uma queda de 0,5 p.p.
De acordo com o IBGE, a PNAD Contínua acompanha as variações trimestrais e a evolução da força de trabalho no Brasil. Isso acontece em médio e longo prazo através de coleta, em âmbito nacional, de informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país.
Em síntese, a implantação da PNAD Contínua aconteceu em outubro de 2011, alcançando o caráter definitivo em janeiro de 2012. A PNAD também divulga informações mensais e anuais, além das trimestrais, sobre força de trabalho no país, desemprego, entre outros pontos.
Os analistas do mercado ficam atentos a esses dados para traçarem possíveis resultados futuros relacionados ao mercado de trabalho brasileiro.