Em meio ao processo de barateamento dos carros populares, vários brasileiros estão fazendo as contas para saber qual é a melhor forma de comprar um carro, seja ele usado ou novo. Obviamente, na hora da decisão o preço pesa muito, já que o ideal é mesmo comprar um veículo que reúna conforto e uma boa dose de economia.
Mas é possível comprar um carro com grandes descontos? De acordo com os principais analistas da área a resposta é sim. Boa parte dos cidadãos optam por comprar um veículo através de um financiamento. Por este sistema, o indivíduo dá uma entrada, e logo depois passa a ter que pagar o valor residual em parcelas restantes.
Este formato de compra, no entanto, é considerado mais caro. Afinal de contas, com os juros altos, o cidadão acaba tendo que pagar um valor muito superior ao preço do próprio carro. Neste sentido, surge uma segunda opção: a compra à vista.
Por este método, o cidadão não vai pagar valores mais altos do que o próprio carro. Entretanto, é provável que ele demore para conseguir comprar o determinado veículo. Isso porque, ele poderá passar vários anos para juntar o dinheiro necessário para garantir o saldo exigido para comprar um automóvel.
Deste modo, temos duas saídas mais claras. O financiamento, que permite que o cidadão adquira o carro de maneira mais rápida, mas gastando mais dinheiro, e a compra à vista, que permite que o consumidor compre o carro a um preço mais justo, mas tenha que esperar por um longo período de tempo para comprar.
Os descontos da MP
Há pouco mais de duas semanas, a chamada MP do carro popular está em vigência. O documento em questão estabelece uma série de regras para os descontos de carros. A ideia é liberar os abatimentos apenas para os veículos que custam menos de R$ 120 mil. Aqueles que custam mais do que este patamar não entram nesta lógica.
O tamanho do abatimento varia de acordo com uma série de fatores. Carros originalmente mais baratos, por exemplo, passam a ter abatimentos maiores. Os modelos que possuem menos grau de emissão de CO2 também ganham as maiores ofertas.
Para medir o tamanho dos descontos, o Governo Federal criou uma espécie de sistema de pontos. Veja abaixo:
Fonte de energia
- Etanol: 25;
- Eletricidade/híbrido: 25;
- Flex-fluel (etanol/gasolina) 20.
Consumo energético
- Menor ou igual a 1,40 MJ/Km: 25;
- Entre 1,41 e 1,50 MJ/Km: 20;
- Entre 1,51 e 1,60 MJ/Km: 18;
- Entre 1,61 e 2,00 MJ/km: 15.
Preço público sugerido
- Menor ou igual a R$ 70 mil: 25;
- Entre R$ 70.000,01 e R$ 80 mil: 20;
- Entre R$ 80.000,01 e R$ 90 mil: 18;
- Entre R$ 90.000,01 e R$ 120 mil: 15.
Densidade produtiva
- Maior ou igual a 75%: 25;
- Maior ou igual a 65% e abaixo de 75%: 20;
- Maior ou igual a 60% e abaixo de 65%: 15.
Note que cada modelo poderá ter uma pontuação diferente que vai depender necessariamente da pontuação que ele conseguir somar. Imagine, por exemplo, um carro que custa entre R$ 70 mil e R$ 80 mil. Neste caso, ele vai somar 20 pontos. Veja na tabela abaixo a relação entre os pontos somados e os descontos que serão concedidos:
- desconto de R$ 8 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 90;
- desconto de R$ 7 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 85 e inferior a 90;
- desconto de R$ 6 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 80 e um e inferior a 85;
- desconto de R$ 5 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 77 e inferior a 81;
- desconto de R$ 4 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 73 e inferior a 77;
- desconto de R$ 3 mil para veículos cuja soma dos pontos seja maior ou igual a 69 e inferior a 73;
- desconto de R$ 2 mil para veículos cuja soma dos pontos seja inferior a 69.