A Educação a Distância (EaD) vem há anos ganhando espaço e força na área da Educação. O maior desafio na formação de professores EaD é a inovação.
Cada vez mais alunos recorrem a esta modalidade de ensino por questões de praticidade, de economia de tempo, entre outros.
A atual pandemia pela qual estamos passando da COVID-19, trouxe ainda que forçosamente a EaD como a melhor forma de dar continuidade às aulas, evitando que o ano letivo fosse completamente prejudicado, já que as aulas presenciais seguem suspensas.
No entanto, no Brasil, a maioria dos profissionais da educação não está preparada adequadamente para o ensino a distância.
Além de desenvolver metodologias adequadas a cada assunto, preparar aulas, acompanhar o desenvolvimento dos alunos, aplicar provas e atividades e corrigi-las, o professor EaD possui outras demandas.
Ele deve se preocupar com o aperfeiçoamento das suas práticas a partir de ferramentas tecnológicas, no sentido de manejar e construir conhecimentos adequados ao processo de ensino aprendizagem.
É indispensável ao professor de EaD, desse modo, estar habilitado a desenvolver práticas de mediação do ensino aprendizagem através de tecnologias da informação e da comunicação, já que estas estão sistematicamente presentes em programas de ensino a distância.
Surge, então, no âmbito da EaD, a função do professor–tutor, responsável auxiliar os estudantes a se adequarem às novas metodologias aplicadas, facilitando o ensino aprendizagem.
Percebe-se, desse modo, alteração na posição de autoridade unilateral tradicionalmente atribuída ao professor.
Justamente por se tratar do novo e do desconhecido, a inovação, no sentido de repensar práticas e recriá-las, encontra certa resistência entre os profissionais tradicionais da área. Este é o maior desafio.
Espera-se que os professores EaD, além de possuírem os conhecimentos reservados aos cursos de licenciatura, tenham uma formação pedagógica adicional pautada em práticas de inovação.
A ausência de práticas pedagógicas inovadoras, que já é problema aos professores do ensino presencial, torna-se um grande problema às metodologias do ensino a distância.
Mesmo que os profissionais estejam dispostos ao processo de aprendizagem de metodologias inovadoras, encontram dificuldade na sua formação.
No Brasil, os cursos de licenciatura não fornecem aos profissionais arcabouço para a inovação. Seja no sentido das práticas pedagógicas, seja na aplicação das tecnologias da informação e comunicação.
Os profissionais EaD, para além dos cursos de licenciatura, devem ter formação continuada em cursos especializados e devem estar dispostos à inovação como prática. Isto não é tão simples, pois envolve criar, repensar, adequar e aplicar as inovações ao processo de ensino aprendizagem.