O PDT é contra a criação de um novo programa social para os mais pobres. De acordo com informações de membros do partido, o Governo seria mais eficiente se fizesse apenas uma reforma no Bolsa Família. Esse projeto teve a sua lei de 2004 revogada ainda no último domingo (7). É o que se sabe oficialmente.
“Nós questionamos. Era muito melhor aperfeiçoar o Bolsa Família. Bolsonaro com interesse eleitoreiro criou o Auxílio Brasil, mas ter esse interesse não significa que nós vamos se furtar a defender esses R$ 400 que são indispensáveis para a sobrevivência de milhões de famílias”, disse o Deputado Federal André Figueiredo (PDT-CE) em entrevista
“Então, de forma alguma, nós nos sentimos responsáveis por dar essa sobrevida ao Bolsonaro. Nos sentimos responsáveis por garantir a sobrevivência do povo brasileiro”, seguiu ele. Vale lembrar que a posição do PDT sobre esse assunto levantou muita polêmica durante a última semana.
Acontece que o Governo só quer aumentar o valor do Auxílio Brasil em troca de uma aprovação da PEC dos Precatórios. Só que a maioria dos partidos de esquerda decidiram se posicionar contra esse textos. Como argumento, eles dizem que isso poderia ser um calote e que seria também uma forma de dar mais dinheiro para os parlamentares da base.
Na hora da votação, no entanto, o PDT decidiu votar a favor da proposta em questão. E no final das contas, o partido acabou sendo decisivo para a aprovação da matéria no primeiro turno. E é justamente por isso que a posição do partido acabou gerando motivo de atritos nas redes sociais.
Na última semana, chamou atenção a posição do ex-ministro Ciro Gomes nesta história. O presidenciável do PDT disse que sua pré-campanha está suspensa até que a bancada do seu partido mude o entendimento sobre essa questão.
Ainda não se sabe qual vai ser a mudança que isso pode causar. De acordo com informações de bastidores, o Planalto acredita que o PDT pode mudar de lado depois desse posicionamento de Ciro Gomes na última semana.
Caso a PEC dos Precatórios não seja aprovada, então o Governo estaria com um grande problema pela frente. É que nesta situação não sobraria espaço dentro do teto de gastos para aumentar o tamanho do programa.
Além da questão da PEC dos Precatórios, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é preciso aprovar também a Reforma do Imposto de Renda e a própria MP do Auxílio Brasil, que ainda está na Câmara dos Deputados. Todos esses textos, aliás, ainda estão no Congresso Nacional.
No meio de tanta indefinição, uma ala do Governo Federal estaria disposta a prorrogar o Auxílio Emergencial. Essas pessoas, aliás, acreditam que essa seria uma saída melhor politicamente falando para o Presidente Jair Bolsonaro.
Há cerca de 2 semanas, no entanto, o Presidente disse que não iria prorrogar o benefício de jeito nenhum. “Querem que a gente prorrogue o Auxílio. Prorrogar até quando. O Governo já está no limite”, disse ele em uma entrevista para um jornal local do Mato Grosso do Sul.