Segundo pesquisa do Instituto Datafolha realizada entre segunda (15) e terça-feira (16), para combater o avanço da Covid-19 no país, a maioria da população apoia restrição do horário de funcionamento de comércios e serviços.
Para 59% dos 2.023 entrevistados por telefone pelo Datafolha, neste momento que o sistema de saúde de diversos estados entrou em colapso, é importante que as pessoas fiquem casa mesmo se isso prejudicar a economia, enquanto 30% defendem o fim do isolamento para incentivar a economia.
De acordo com a pesquisa, 71% apoiam restrição do horário de funcionamento de comércios e serviços em geral como forma de diminuir a circulação das pessoas. O número é 10% superior aos 61% obtidos na última pesquisa Datafolha sobre o tema realizada em dezembro de 2020. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A maioria aprova o fechamento de praias (81%), parques (78%), academias (75%), escolas (66%), salões de beleza e escritórios (62%), igrejas e templos religiosos (59%) e lojas, bares e restaurantes (59%). Já a paralisação dos jogos de futebol tem apoio de 76%.
O resultado da pesquisa mostra que, em geral, a população apoia as medidas restritivas adotadas por estados como São Paulo, Mina Gerais e Rio de Janeiro, cuja capital anunciará novas restrições nesta sexta (19), incluindo a antecipação dos feriados de abril.
“Como vínhamos prevendo, há o aumento efetivo dos casos. Continuo atento. O decreto da prefeitura vale até segunda-feira, mas eventualmente a gente deve trazer novas restrições amanhã (sexta-feira). Não tem decisão tomada, mas vamos trabalhar para preservar vidas. Esse é o propósito.”, disse o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), em coletiva de imprensa nesta quinta (18).
Nesta quinta (18), a cidade de São Paulo registrou sua primeira morte de paciente com Covid-19 na fila por um leito de UTI. Assim como o Rio, a capital paulista anunciou o adiantamento de feriados para criar um feriado prolongado entre 26 de março e 4 de abril.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) antecipou dois feriados de 2021 (Corpus Christi; de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro) e três feriados de 2022 (aniversário de São Paulo, de janeiro; Corpus Christi, de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro).
“Vamos fazer isso para forçar a cidade de São Paulo a parar. A cidade que nunca parou precisa parar para que a gente não tenha mais casos como esse de pessoas que não conseguem ser atendidas.”, disse Covas.