Nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho e Previdência informou que foram criados 253.083 novas vagas de emprego com carteira assinada em outubro. Nesse sentido, os dados informados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Também foi informado o saldo total de novas vagas desde o início do ano.
Nesse contexto, segundo o levantamento, o saldo é de 2,6 milhões de novas vagas nos dez primeiros meses deste ano. Além disso, na avaliação do ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o saldo positivo na geração formal de vagas de emprego é uma demonstração da recuperação formal da economia, após meses de pandemia de covid-19.
“Apenas neste ano, mesmo com os efeitos ainda do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, conseguimos gerar mais de 2,6 milhões de novos postos formais de trabalho”, afirmou o ministro. O que demonstra o efeito positivo do retorno das atividades presenciais de trabalho, após aumento da vacinação contra o novo coronavírus.
No mês passado, o setor de serviços foi um dos que mais gerou vagas de emprego, com 144,6 mil postos de trabalho. Já no comércio, foram criadas 70,3 mil vagas. Em terceiro lugar, o setor da indústria teve saldo de 26,6 mil novos empregos. Em relação aos estados, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram os que mais geraram postos de trabalho.
A revisão de dados feita pelo Caged de demissões fez o saldo de criação de empregos formais no Brasil cair pela metade em 2020. Segundo as estatísticas da entidade, foram 75.883 vagas no ano passado, queda de 46,8% em relação ao dado anterior de 142.690 vagas de emprego. Por justificativa dos impactos negativos da pandemia de covid-19.
O indicador da entidade mede a diferença entre contratações e dispensas em postos de trabalho. Sendo assim, inicialmente, o Caged apontava que haviam ocorrido 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos no ano passado. Com as revisões, o número de contratações subiu 1,8%, para 15.361.234. As demissões aumentaram 2,2%.
Ademais, o Ministério do Trabalho e Previdência atribuiu a redução do saldo de vagas de emprego de 2020 ao envio de declarações fora do prazo. Isso porque, em meio ao início da pandemia de covid-19, a adaptação para o novo modelo de declaração eletrônica pode ter tido alguns erros ou alguns declarantes podem ter ficado confusos.
Até 2019, as contratações e as demissões eram informadas manualmente na hora da declaração. No entanto, em janeiro de 2020, o processo passou a ser realizado de forma eletrônica, por meio da Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). O que automatizou a coleta de dados pelo Caged.
Em março de 2020, pouco depois do início da pandemia de covid-19, o Ministério da Economia, na época responsável pelo eSocial e do Caged, suspendeu a divulgação das estatísticas por dois meses. O declarado pela pasta foi que existiram muitos erros e dúvidas na hora do processo de adaptação ao novo sistema.
Até o início de 2020, apenas os dados de vagas de emprego de dezembro de 2019 haviam sido divulgados pelo Caged. Em seguida, os números só voltaram a ser apresentados no fim de maio de 2020, com os dados de janeiro a abril do mesmo ano e uma nova metodologia que passou a incluir trabalhadores temporários e bolsistas.