Um mutirão de renegociações de dívidas aconteceu em 22 de novembro, o chamado dia “D” do programa Desenrola Brasil. Dados do Ministério da Fazenda contabilizam R$ 433 milhões em dívidas renegociadas em apenas um único dia.
Ao todo, 72 mil pessoas renegociaram 150 mil dívidas por meio da plataforma do governo. Os descontos médios aplicados chegaram a 86,3%. Na ocasião, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil abriram suas agências mais cedo para quem quisesse renegociar presencialmente.
Em live, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a intenção da iniciativa é retirar o nome de devedores dos cadastros de inadimplentes, devolvendo a eles o poder de compra.
Porém, muitos dos que ficaram de fora neste dia do mutirão ainda tem o desejo de renegociar as suas dívidas com as condições oferecidas pelo Desenrola. A boa notícia é que ainda dá tempo de rever a situação financeira e limpar o nome até 31 de dezembro, e tentar não entrar em 2024 no vermelho.
O Programa Desenrola Brasil, criado em 17 de outubro pelo governo federal, oferece a possibilidade de repactuação de dívidas para a quitação de débitos com descontos.
Segundo informações do Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o programa permite a renegociação sem entrada imediata, e a utilização da primeira parcela do 13º salário para solucionar pendências. Também é possível começar a pagar os débitos a partir de dois meses, ou seja, em 2024.
A partir do dia 20 de novembro, as novas operações podem ser divididas em até 60 prestações mensais, com juros de até 1,99% ao mês. Até então, as dívidas de até R$ 20 mil, com o desconto ofertado, tinham de ser pagas à vista.
Poderão ser renegociados débitos que foram adquiridos entre 2019 e 2022. Os descontos médios nas dívidas são de 83%, mas podem atingir até 99%.
Até o dia 31 de dezembro, os consumidores endividados poderão aproveitar as mesmas condições que foram oferecidas no dia do mutirão do Desenrola Brasil. Veja como entrar no programa e aproveitar essa chance.
A renegociação pelo Desenrola só pode ser feita por meio da autenticação da conta gov.br nível prata ou ouro, para garantir a segurança das informações. Quem ainda não tem conta gov.br precisará criar seu login.
A conta gov.br, gratuita e disponível para todos os cidadãos brasileiros, possui uma identificação segura que comprova em meios digitais quem está usando o sistema ou serviço.
A conta gov.br tem três níveis de segurança:
Cada nível de segurança se diferenciam quanto aos aspectos:
Dessa forma, quanto maior a segurança da validação dos dados do usuário, maior o nível da conta.
Por este motivo, o governo exige nível prata ou ouro para quem deseja renegociar por meio do Desenrola Brasil: para garantir a segurança das transações e a autenticidade das informações fornecidas pelos participantes.
O governo exige o uso de contas com nível prata ou ouro no portal para ajudar a evitar fraudes e proteger os dados dos cidadãos durante as renegociações de dívidas no âmbito do programa Desenrola Brasil.
O programa está organizado em duas faixas.
A Faixa 1 do programa é destinada a pessoas que recebem até dois salários-mínimos ou são beneficiárias de programas sociais e de distribuição de renda. Podem ser negociadas dívidas de até R$ 20 mil, com taxas de 1,99% ao mês. O pagamento pode ser feito à vista ou parcelado.
A Faixa 2 já abrange quem ganha mais de dois salários-mínimos e menos do que R$ 20 mil por mês, não faz parte do CadÚnico e possui dívidas com bancos e financeiras.
Caso o seu banco não esteja cadastrado no programa, a dica é procurar a agência. Se não for possível chegar a um acordo, você pode fazer a portabilidade de sua dívida para outra instituição financeira.
Sim, dívidas contraídas em cartões de lojas e supermercados, como Magazine Luiza, Marisa, Extra, Ponto Frio, Renner e outros podem ser negociadas pelo programa. Isso porque, apesar de terem no cartão o nome de um varejista, essas dívidas são operadas por um banco tradicional ou uma financeira. Veja, abaixo, alguns exemplos que constam no site da Febraban:
Para saber mais, é necessário entrar em contato diretamente com o banco ou financeira, usando seus canais oficiais, como o internet banking, aplicativo, site, central de atendimento ou WhatsApp.
Para evitar cair em golpes, é importante estar atento e bem informado. Veja algumas dicas dadas pela própria Febraban :