Humanos e outros animais bocejam. Trata-se de uma ação comum e, muitas vezes, incontroláveis. Entretanto, será que o bocejo é realmente contagioso como falam?
Fato é que cerca de 70% das pessoas bocejam se virem outra pessoa bocejando na vida real ou em uma foto, ou então até mesmo ao lerem sobre o assunto. Acredita?
A saber, o bocejo contagioso que ocorre em animais não necessariamente funciona da mesma maneira que nas pessoas. De acordo com especialistas, há diversas teorias sobre o porquê de nos influenciarmos com o ‘abrir das bocas’.
Provavelmente, a teoria mais popular do bocejo contagioso é que essa ação serve como uma forma de comunicação não verbal. Pegar um bocejo mostra que você está sintonizado com as emoções de uma pessoa.
De acordo com uma pesquisa de 2010 realizada pela Universidade de Connecticut, o bocejo não se torna contagioso até a criança ter cerca de quatro anos. Afinal, nessa idade na qual as habilidades de empatia se desenvolvem.
No estudo, crianças com autismo, que podem ter comprometido o desenvolvimento da empatia, bocejaram com menos frequência do que seus colegas. Um estudo de 2015 abordou o bocejo contagioso em adultos. Neste estudo, estudantes universitários foram submetidos a testes de personalidade e solicitados a assistir a videoclipes de rostos, que incluíam bocejos.
Os resultados indicaram que alunos com menor empatia eram menos propensos a bocejar. Outros estudos identificaram uma correlação entre a diminuição do bocejo contagioso e a esquizofrenia, outra condição ligada à redução da empatia.
No entanto, a ligação entre bocejo e empatia é inconclusiva. De acordo com uma pesquisa, buscou definir os fatores que contribuem o ‘contágio’. No estudo, 328 voluntários saudáveis ??receberam uma pesquisa que incluiu medidas de sonolência, níveis de energia e empatia.
Os participantes da pesquisa assistiram a um vídeo de pessoas bocejando e contaram quantas vezes eles faziam o mesmo enquanto assistiam.
Nem todos o fizeram. Dos 328 participantes, 222 bocejaram pelo menos uma vez. A repetição do teste de vídeo várias vezes revelou que o fato de uma determinada pessoa bocejar contagiosamente consiste em uma característica estável.
O estudo Duke não encontrou correlação entre empatia, hora do dia ou inteligência e bocejo contagioso, mas havia uma correlação estatística entre idade e bocejo. Os participantes mais velhos eram menos propensos a fazer isso.
Entretanto, agora os pesquisadores pretendem buscar uma base genética para essa possível ‘contaminação’.
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