A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) que garante a liberação do empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. Agora, o texto seguirá para apreciação no Senado Federal.
Os senadores devem fazer a votação da MP até o dia 17 de julho, caso contrário, perderá a validade. Na verdade, com a publicação da medida, o empréstimo consignado já devia ser autorizado.
No entanto, os beneficiários do programa social ainda não podem fazer a contratação do crédito, uma vez que as regras gerais sobre a iniciativa não foram estabelecidas.
O empréstimo consignado é uma modalidade em que o pagamento da dívida é descontado mensalmente diretamente no contracheque ou benefício do contratante.
A categoria é mais comum para aposentados e pensionistas do INSS e para servidores públicos. Assim, antes do depósito do salário ou do abono, a parcela do empréstimo é descontada.
Sendo assim, considerando o pagamento mínimo de R$ 400, o responsável pode pegar o empréstimo. Vale lembrar que a modalidade disponibiliza uma série de vantagens, como:
No que se refere as condições de contratação do empréstimo pelos beneficiários do Auxílio Brasil, estão:
Cabe salientar que 40% do valor do Auxílio Brasil significa o comprometimento de até R$ 160 do benefício mensal, equivalente a R$ 400.
Caso a MP seja aprovada, o crédito consignado deverá ser contratado pelo aplicativo da Caixa Econômica Federal, o Caixa Tem. Pela mesma plataforma será possível acompanhar o pagamento da dívida.
Nas últimas semanas, centenas de usuários se reuniram para realizar uma campanha nas redes sociais. Usuários do Auxílio Brasil usaram a caixa de comentários dos perfis oficiais do Ministério da Cidadania para clamar pela liberação do consignado.
Os cidadãos usaram hashtags e pediram para que o Governo desse uma explicação para o atraso nas liberações do crédito. Na ocasião, o perfil oficial do Ministério da Cidadania garantiu que o crédito estava em construção.
Embora exista apelo popular pela liberação do consignado, membros da oposição no Congresso afirmam que a ideia do Governo Federal poderia ser perigosa. Os parlamentares alegam que a contratação do crédito poderia contribuir para um maior endividamento dos brasileiros. Como dito, as discussões devem seguir no Senado.