Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) anunciou que o orçamento da educação para 2021 sofrerá corte de 4,2 bilhões de reais. Assim, a redução é de 18,2% em relação ao orçamento aprovado para 2020.
Com isso, a previsão de corte é de R$ 1 bilhão para universidades e institutos federais de ensino. O corte anunciado pelo MEC deixou os reitores em estado de alerta para possíveis problemas orçamentários para o próximo ano.
Desse modo, reitores afirmam que o corte anunciado pode inviabilizar a realização de diversas atividades em universidades federais.
Segundo o governo federal, com as despesas geradas pelo cenário de pandemia houve redução dos recursos públicos. Assim, em nota, o MEC afirmou que “Em razão da crise econômica em consequência da pandemia do novo coronavírus, a Administração Pública terá que lidar com uma redução no orçamento para 2021, o que exigirá um esforço adicional na otimização dos recursos públicos e na priorização das despesas”.
Contudo, reitores das universidades federais chamam atenção justamente para o aumento dos gastos nas instituições com a volta às aulas no meio da pandemia. Nesse sentido, conforme os reitores, os gastos devem ser ainda mais altos na universidades com a compra de equipamentos de proteção, reforços nas equipes de limpeza e adaptações nas salas de aula e nos sistemas de ventilação.
Assim o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira Brasil, explica a gravidade da situação:
“Estamos há três anos com o orçamento nominalmente congelado. As despesas têm ajustes anuais. Além disso, o corte ocorre em um ano que deveria ter aumento de recursos. As aulas vão voltar com álcool em gel, sabão, papel, equipamentos de proteção. Será preciso mexer na estrutura da universidade para garantir o distanciamento. Haverá gastos no pós-pandemia”.
O presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Jadir Jose Pela, ressalta, nesse mesmo sentido, que muitas reduções já foram feitas nos últimos anos. Desse modo, o presidente da Conif afirmou que “não tem a menor chance” de “tocar as instituições” com mais esse corte.
As informações são do G1.
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