A realização de um novo processo seletivo dos Correios já é pauta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Assim, de acordo com a empresa, o Ministério do Planejamento ainda deve dar algumas orientações.
A pasta, com liderança da ministra Simone Tebet, é responsável pelo planejamento e administração do Governo Federal, como também despesas e viabilidade de diversos projetos.
Desse modo, caso o próximo processo seletivo dos Correios tenha a aprovação da pasta, ainda passará pela análise de outra. Isto é, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, coordenado por Esther Dweck, a fim de que autorize a liberação do edital.
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Há poucos dias, Esther Dweck esteve em um encontro com outros ministros, secretários e assistentes para encerrar o planejamento dos primeiros 100 dias de governo. Entre os assuntos da reunião, portanto, estava a realização de novos concursos públicos federais.
Os Correios apresentam diversas funções para o nível médio e também para o superior. Nesse sentido, exigindo nível médio está o cargo de Agente de Correios.
A carreira, então, possui como principal função a execução de serviços dos setores Operacional, Comercial e também de Suporte. Dessa forma, o candidato poderá realizar as seguintes funções:
O posto possui um salário inicial de R$ 2.179,25.
Além disso, o órgão possui o cargo de Analista dos Correios, que exige nível superior.
Por meio da função, os servidores deverão executar atividades com relação aos conhecimentos de sua área de atuação. Isto é, com o objetivo de alcançar melhores resultados e também a melhoria dos padrões de serviço. Com isso, os Correios contam com vagas para as seguintes especialidades:
A carreira possui um salário inicial de R$ 6.333,54.
Sem um grande investimento para a instituição no decorrer dos últimos anos, a empresa sofreu grande impacto com a diminuição de sua força de trabalho. Nesse sentido, o último edital para o cargo de carteiro, vaga com a maior necessidade de funcionários, ocorreu no ano de 2011.
Isto é, já são 12 anos sem renovar o quadro de funcionários de maior necessidade na estatal.
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Em 2012, os Correios solicitaram aos Ministério das Telecomunicações a abertura de 13.727 vagas. Deste total, 10 mil seriam para a realização de um novo processo seletivo e as demais para a convocação dos candidatos aprovados em seu último certame.
No ano de 2016, a empresa divulgou a oferta de 2 mil oportunidades. As vagas seriam para o posto de agente de correios, para as funções de carteiro e operador de triagem.
Então, as carreiras se distribuiriam entre postos nos estados de:
As remunerações seriam de R$ 2.885,37, para o cargo de carteiro, e R$ 2.348,87, para a função de operador de triagem, já com o acréscimo de outros benefícios e valores adicionais. Contudo, os profissionais que optarem por trabalhar durante os sábados receberiam uma quantia maior, R$ 3.017,42.
Na época, a empresa chegou a montar um projeto básico para a divulgação oficial do edital do certame. Este, então, iria contar com etapas seletivas objetivas sobre os seguintes temas:
Além da etapa objetiva, o concurso também contaria com um teste de esforço físico e exame médico admissional, para os candidatos convocados.
No entanto, o processo seletivo acabou não acontecendo.
Ademais, no ano de 2017, os Correios divulgaram um novo edital para a área de Segurança do Trabalho. Durante o evento foram 88 oportunidades de nível médio, técnico e superior para as áreas de Medicina, Enfermagem, Engenharia e Segurança do Trabalho.
Durante a última quinta-feira, 09 de fevereiro, houve reunião entre dirigentes sindicais da Federação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect) e da CUT e o novo presidente dos Correios indicado por Lula, Fabiano Silva dos Santos. Assim, este comentou sobre a necessidade de diálogo e respeitos com os trabalhadores da empresa estatal.
Além disso, o novo presidente da entidade declarou que possui o objetivo de fortalecer as ações dos Correios e de também dialogar com os trabalhadores. Estes servidores, portanto, foram contra o corte de recursos na empresa e também contra o risco de privatização do órgão, temas que foram prioritários na última gestão.
“Vim com a tarefa de fortalecer os Correios como empresa pública, mas também respeitar e valorizar os empregados. Esse foi o pedido do presidente Lula”, pontuou Santos.
Assim, segundo o secretário de Comunicação da Fentect, Emerson Marinho, a troca do presidente dos Correios mudará a relação entre empresa e servidores.
“Muda tudo para o trabalhador. Antes tínhamos uma gestão militarizada, com corte do diálogo, assédio moral e pressão contra trabalhadores que não podiam expressar descontentamento nem mesmo em suas redes sociais pessoais”, declara Marinho.
Ademais, a dirigente da CUT Nacional e presidente do Sindicato dos Trabalhados em Correios e Telégrafos do DF (Sintect-DF), Amanda Corsino, estava no encontro. Ela, então, comentou sobre as expectativas da categoria com a nova gestão.
“Esperamos dessa nova gestão que os trabalhadores sejam tratados com respeito e que as representações dos trabalhadores voltem a ter espaço e diálogo permanente com os gestores para a resolução de demandas e possíveis conflitos nas relações de trabalho”, declarou a dirigente da CUT e presidente do Sintect-DF.
Além disso, a dirigente frisou a luta contra o empobrecimento de toda a categoria durante a gestão de Jair Bolsonaro.
Uma das primeiras ações do novo presidente dos Correios foi de encaminhar um comunicado na rede interna dos trabalhadores. Assim, no documento, ele declara todo o seu compromisso com os servidores da categoria.
Fabiano Silva dos Santos é advogado, professor universitário e também já atuou como coordenador-adjunto do grupo jurídico Prerrogativas.
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Desse modo, o Conselho de Administração dos Correios aprovou seu nome para a o posto de presidente da estatal no dia 3 de fevereiro de 2023.