Nesta segunda (11), a Indonésia aprovou o uso emergencial da CoronaVac e divulgou os resultados preliminares da última fase de testes da vacina contra Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac Biotech no país. A eficácia ficou em 65,3%, número menor que os 78% divulgados pelo Butantan e pelo governo do estado de São Paulo para os testes realizados no Brasil.
“Esses resultados atendem aos requisitos da Organização Mundial da Saúde de um mínimo de eficácia de 50%”, disse Penny K. Lukito, da agência reguladora de alimentos e medicamentos na Indonésia.
Até o momento, a Indonésia adquiriu mais de 125 milhões de doses da CoronaVac, tendo recebido 3 milhões. O país tem urgência em iniciar o plano de imunização, pois é o mais afetado pelo novo coronavírus no sudeste asiático. No total, são 836.718 casos confirmados e 24.343 óbitos.
Segundo Budi Gunadi Sadikin, ministro da Saúde indonésio, a vacinação com a CoronaVac no país começará nesta quarta (13). O primeiro imunizado será o presidente Joko Widodo, seguido por profissionais de saúde e outros funcionários públicos.
“Por que o presidente é o primeiro? Não se trata de me colocar em primeiro lugar, mas de garantir a todos que esta vacina é segura”, publicou Widodo em uma rede social.
Na última sexta (08), o Instituto Butantan encaminhou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os dados e documentos necessários para solicitar a autorização do uso emergencial da CoronaVac no Brasil. O prazo de resposta da agência é de até 10 dias.
No sábado (09), a Anvisa declarou que alguns documentos não haviam sido entregues. Com isso, no domingo (10), o Instituto Butantan passou a enviar os documentos pendentes.
O status atual do envio da documentação indica que 48,36% ainda carecem de complementação. Já os documentos em análise representam 8,1% e, segundo a Anvisa, 5,47% dos estudos ainda não foram encaminhados pelo Butantan. Entre os documentos pendentes está o relatório de imugenicidade, que revela a capacidade da vacina gerar resposta imune. Dessa forma, o processo total está 38,07% concluído.
Se aprovada para uso emergencial no Brasil, a CoronaVac poderá ser usada tanto no Plano Estadual de Imunização do Estado de São Paulo, com início previsto para o dia 25 de janeiro, quanto no Plano Nacional de Imunização, que no cenário mais otimista pode começar em 20 de janeiro.
Além da CoronaVac, a Anvisa analisa o pedido de uso emergencial feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.