Economia

Consumo das famílias tem aumento de 4% no mês de junho

O consumo das famílias cresceu 4% no primeiro semestre do ano em comparação com o mesmo período no ano passado. O levantamento foi feito nesta quinta-feira (12) e divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Porém, no mês de junho houve uma queda no comparativo em relação ao mês anterior, de 0,68%. O vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, afirmou que junho foi o primeiro mês de recuo no consumo ao longo do ano, enfatizando que isso mostra um “período de atenção”.

Entenda o que puxou a alta do consumo no último ano

De acordo com Milan, alguns fatores puxaram a alta no último semestre, como a prorrogação do Auxílio Emergencial, pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário para os aposentados e o pagamento do segundo lote da restituição do Imposto de Renda.

A perspectiva para o restante do ano ainda é de crescimento de 4,5% no consumo das famílias comparado com o ano de 2020. O cenário positivo é bastante passível de ser realizado, por conta da melhora da situação econômica que está sendo possibilitada pela imunização da COVID-19.

Também é esperado que depois de uma nova rodada de pagamentos do Auxílio Emergencial e de novos lotes de Restituição do Imposto de Renda, que o consumo suba forte no decorrer desse semestre.

Inflação que preocupa os brasileiros

O custo da cesta básica considerando os 35 produtos que são mais vendidos em supermercados aumentou 22,1% em junho, quando comparado com o mesmo mês em 2020. A cesta básica mais cara atualmente é a de Porto Alegre, custando R$ 662,12. Nessa lista, estão inclusos alimentos, cerveja e produtos de limpeza e higiene.

O aumento dos preços fazem com que as famílias busquem alternativas antes de fazerem suas compras. A tão tradicional carne vermelha está cada vez mais escassa para boa parte dos brasileiros, que estão optando por comprar quantidade menores ou opções mais em conta como carnes brancas.

A possibilidade de substituir um produto por outro mais barato está aumentando entre os consumidores. Outros produtos que são essenciais na mesa, porém aumentaram muito, são o leite e o queijo. A explicação é o forte período de frio e geadas, principalmente nas regiões sudeste e sul, lugares onde a produção desses alimentos é forte.

Entenda quais são os hábitos de consumo por classe social no Brasil

As classes C, D e E são as menos privilegiadas economicamente e seus hábitos de consumo precisam ser prioritários em muitas ocasiões. Os principais gastos prioritários da famílias estão em habitação, comida e veículo. Neste ano, estas classes viram os custos com habitação, casa, alimentos e produção aumentar.

Já as famílias de classe A e B, sofrem menos com a inflação, pois têm uma renda familiar per capita superior a R$ 8.000,00 mensais e normalmente não são do grupo com dívidas significativas.

Mesmo que esta classe não tenha aportado tanto em investimentos durante a pandemia, ou até mesmo tido gastos com reformas ou viagens, na parte de consumo e alimentação, essas famílias estão conseguindo manter o seu poder de compra, sem precisar cortar a carne, massas, arroz e outros alimentos que tiveram significativos aumentos.