A Black Friday, reconhecida como um dos momentos de compras mais aguardados no ano, representa muito mais do que uma oportunidade para descontos excepcionais. Ela também simboliza a manifestação do consumismo contemporâneo.
Surgida nos Estados Unidos, essa tradição rapidamente se disseminou por várias regiões do globo. Assim, a Black Friday assinalou oficialmente o início da temporada de compras para o Natal.
Entretanto, junto com a empolgação gerada pelas ofertas, emerge um diálogo acerca da extensão do evento e de como, por vezes, ele pode ofuscar o verdadeiro propósito do Dia de Ação de Graças. Adicionalmente, há preocupações manifestadas sobre o consumismo desenfreado que pode se manifestar durante esse período, com alguns argumentando que a ênfase nas compras excessivas pode obscurecer a essência do feriado.
A Black Friday é um evento de compras que tradicionalmente ocorre no dia subsequente ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Como citamos, assinala o início da temporada de compras natalinas.
Nos Estados Unidos, ela se desenrola na sexta-feira após o Dia de Ação de Graças, marcando o ponto de partida das vendas para o Natal. Durante o evento, numerosos varejistas disponibilizam descontos substanciais em uma vasta gama de produtos, que abrange desde eletrônicos e vestuário até eletrodomésticos e brinquedos. Essa tradição tem alcançado dimensões globais, com diversos outros países adotando a prática de oferecer grandes descontos nesse dia.
O termo “Black Friday” teve sua origem nos Estados Unidos. Inicialmente se referia ao intenso tráfego de pessoas e veículos nas cidades no dia seguinte ao Dia de Ação de Graças. Era quando os consumidores lotavam as lojas em busca de promoções.
Atualmente, o evento também está fortemente ligado ao comércio online. Com isso, muitos varejistas estendem suas ofertas ao longo de toda a semana, em alguns casos até o mês de novembro, dando origem a um período conhecido como “Mês Negro”.
A Black Friday deu origem a diversos outros dias de compras e promoções ao redor do mundo. Alguns dos dias derivados mais notáveis incluem:
O Thanksgiving Day, conhecido como Dia de Ação de Graças em inglês, é um feriado comemorado principalmente nos Estados Unidos e no Canadá. Este feriado possui raízes históricas profundas e é amplamente reconhecido como um dos mais significativos nesses países.
As origens do Dia de Ação de Graças remontam à chegada dos colonizadores europeus à América do Norte. O evento mais associado ao primeiro Dia de Ação de Graças ocorreu em 1621. Foi quando os colonos ingleses da colônia de Plymouth se reuniram com membros da tribo indígena Wampanoag. Assim, celebraram uma colheita bem-sucedida de outono. Embora não tenha sido denominada “Dia de Ação de Graças” naquela época, essa celebração é frequentemente vista como precursora do feriado moderno.
Em 1863, o presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, oficializou o Dia de Ação de Graças como um feriado nacional. Ele determinou que seria celebrado na última quinta-feira de novembro. Desde então, o feriado tornou-se uma parte crucial da cultura americana, representando um momento de reflexão e gratidão por todas as bênçãos recebidas ao longo do ano.
Apesar das boas intenções por trás disso, há quem critique a prática de um feriado nacional ser oficialmente proclamado pelo presidente para expressar gratidão a Deus. Além disso, alguns reconhecem que a data pode ser interpretada como uma desculpa. Isso porque há muitas indulgências excessivas em comida, álcool e festas desenfreadas, perdendo de vista o verdadeiro significado do feriado.
Essas situações levantam preocupações para muitas pessoas, incluindo cristãos que desejam manter o foco na gratidão e na expressão de agradecimento a Deus. O Dia de Ação de Graças também é obscurecido pelo consumismo desenfreado e pela comercialização excessiva.
Com frequência, a ênfase recai nas promoções de vendas, compras impulsivas e no excessivo consumo de bens materiais, desviando a atenção do real propósito do feriado. Em certos casos, as pessoas podem direcionar mais a atenção para seus próprios interesses e a satisfação de seus próprios desejos. Dessa forma, negligenciam aqueles que podem estar em necessidade ao seu redor. Isso pode contribuir para um sentimento de egoísmo em detrimento da compaixão e generosidade.
A Black Friday é um exemplo destacado desse fenômeno de consumismo desenfreado e comercialização excessiva. Inicialmente concebida como um dia de descontos para impulsionar as vendas no comércio, a promoção evoluiu para um evento global que frequentemente se estende por uma semana inteira ou mais, com ofertas e promoções agressivas em uma ampla variedade de produtos.
Muitas pessoas participam de uma corrida frenética para adquirir produtos, muitas vezes levadas pelo impulso do consumo. Há também a perspectiva de economia, em vez de um autêntico desejo de expressar gratidão.