Economia

Constituição Federal prevê um salário mínimo de R$ 6.000

De acordo as pesquisas mensais do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo sempre está abaixo do ideal. No mês de junho, por exemplo, o salário deveria ser R$ 6.527,67, já em julho, o valor ficou em R$ 6.388,55.

Considerando o piso nacional atual, de R$ 1.212, o valor ideal para os brasileiros assalariados é quase 5 vezes maior. Isso só mostra que os cidadãos vivem com um valor extremamente inferior em comparação aos preços de produtos e serviços necessários no dia a dia.

 

Salário mínimo de acordo com a Constituição

Para fazer a pesquisa, o Departamento considera os preços dos itens que compõem a cesta básica nas capitais brasileiras. Em agosto, em 9 delas, houve um aumento no preço dos alimentos. Neste contexto, o trabalhador que recebe um salário mínimo precisa ter uma jornada de trabalho de 120 horas para adquirir o produto.

Segundo informações do Dieese, o estudo leva em consideração a Constituição Federal no que diz respeito ao piso nacional. Em suma, o valor determinado pelo governo para o salário mínimo deve ser o suficiente para arcar com despesas com alimentação, moradia, saúde, vestuário, higiene, educação, transporte, previdência e lazer.

Em julho, sete cidades apresentaram um aumento no preço das cestas básicas. Em contrapartida, quatro apontaram uma redução. Confira:

  • Vitória: + 1,14%;
  • Salvador: + 0,98%;
  • Brasília: + 0,80%;
  • Recife: + 0,70%;
  • Campo Grande: + 0,62%;
  • Belo Horizonte: + 0,51%;
  • Belém: + 0,14%;
  • Natal: – 3,96%;
  • João Pessoa: – 2,40%;
  • Fortaleza: – 2,37%;
  • São Paulo: – 2,13%.

Atualmente, a cesta básica mais cara é a de São Paulo, custando R$ 760,45.

 

Variação no preço dos itens da cesta básica

Embora uma deflação tenha ocorrido no mês de julho, conforme o INPC, o preço dos alimentos continua em alta. Dos 13 itens da cesta básica, 12 apresentaram aumento no período de 12 meses. Veja:

  • Batata: + 66,82%;
  • Leite: + 66,46%;
  • Café: + 58,12%;
  • Banana: + 35,71%;
  • Feijão: + 28,57%;
  • Óleo: + 26,23%;
  • Açúcar: + 21,9%;
  • Farinha: + 19,94%;
  • Manteiga: + 19,74%;
  • Pão: + 16,95%;
  • Tomate: + 7,45%;
  • Carne: + 2,91%.

O único produto que teve redução foi o arroz, com uma queda de 7,93%. Vale ressaltar que alta nos preços desses itens essenciais afetam de forma mais preocupante as famílias de baixa renda.