Já está valendo em todo o território nacional a nova taxa máxima de juros do consignado para segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo informações do Ministério da Previdência, os novos patamares precisam ser aplicados desde a segunda-feira (6), após decisão do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).
A medida em questão prevê que o novo teto de juros caiu de 1,72% para 1,68% ao mês. Já no caso do cartão de crédito consignado e cartão do benefício, a queda foi de 2,55% para 2,49% ao mês, e também já está valendo desde a segunda-feira (6).
Estas taxas, no entanto, não precisam ser seguidas pelos bancos. Cada instituição financeira tem o direito de indicar a sua própria taxa de juros para o consignado. O teto estabelecido pelo CNPS indica apenas o limitador, ou seja, o banco pode escolher a sua taxa, desde que não ultrapasse o limite estabelecido pelo Conselho.
Mesmo por isso, o aposentado que deseja entrar com um pedido de consignado, precisa atentar para as condições de juros que são oferecidas por cada banco. Assim, ele poderá fazer a escolha que se adapte melhor ao seu bolso. Neste artigo, vamos ajudar a entender como está a situação em cada banco.
O Banco do Brasil informou que as taxas praticadas passam a ser de 1,50% ao mês na faixa mínima, e de 1,68% ao mês na faixa máxima.
“O Banco do Brasil oferta crédito aos beneficiários do INSS, conforme as legislações vigentes, reforçando seu compromisso com o atendimento dos aposentados e pensionistas, disponibilizando as melhores condições de crédito e assessoria financeira”, diz o banco, em nota.
No caso do Bradesco, as taxas de juros do cartão consignado estão em 2,49% ao mês. Já para os juros do consignado pessoal a taxa é de 1,68%, o mesmo teto aprovado pelo CNPS.
Segundo a Caixa Econômica Federal, os juros do consignado variam conforme o relacionamento do cliente com o banco. Mas em regra geral, os valores variam entre 1,58% e 1,68%, conforme estabelecido pela Previdência.
“A Caixa reforça sua atuação na oferta do crédito consignado para os beneficiários do INSS com as melhores condições entre as principais instituições financeiras do mercado”, diz nota do banco.
Ao menos até a publicação deste artigo, bancos como Itaú e Santander não tinham se manifestado sobre as suas novas taxas de juros para o consignado. Em caso de envio de resposta, este artigo será atualizado.
Esta foi a sétima queda na taxa máxima de juros do consignado do INSS desde que Lula voltou ao poder. No quadro abaixo, você pode conferir uma evolução das reduções no decorrer dos últimos anos:
Data da resolução do CNPS | Teto do empréstimo pessoal (em %) | Teto do cartão (em %) |
---|---|---|
28/09/2017 | 2,08 | 3,06 |
17/03/2020 | 1,80 | 2,07 |
28/09/2021 | 2,14 | 3,06 |
13/03/2023 | 1,70 | 2,62 |
28/03/2023 | 1,97 | 2,89 |
17/08/2023 | 1,91 | 2,83 |
16/10/2023 | 1,84 | 2,73 |
04/12/2023 | 1,80 | 2,67 |
11/01/2024 | 1,76 | 2,61 |
04/03/2023 | 1,72 | 2,55 |
24/04/2023 | 1,68 | 2,49 |
Note que entre os anos de 2017 e 2023 foram apenas três reduções no teto máximo da taxa de juros do consignado do INSS. Entre 2023 e 2024 já foram sete. Este movimento reflete a nova política adotada pelo Ministro da Fazenda, Carlos Lupi (PDT), que promete cada vez mais reduções.
Em breve, este processo de definição do teto de juros do consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) poderá passar por uma série de mudanças. Ao menos este é o desejo dos representantes da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
De acordo com informações oficiais, estes representantes tiveram um encontro com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. O pedido foi claro. Eles querem que o governo entregue para o Conselho Monetário Nacional (CNM) o poder de definir o teto de juros do consignado.
Eles argumentaram que ao entregar ao CNM este poder, a decisão sobre reduzir ou não os juros do consignado partiria sempre de um critério técnico e não político. Os representantes teriam ouvido de Dweck que o pedido é razoável, e que o tema será debatido em breve.