Conselho do MEC sugere uso de redes sociais para estimular estudo remoto
O documento, apesar de divulgado, não foi homologado pelo Ministério da Educação (MEC)
O Conselho Nacional de Educação (CNE) estendeu o ensino remoto até dezembro de 2021. Além disso, aprovou a junção dos anos letivos de 2020 e 2021 em razão da pandemia do novo coronavírus.
Na resolução, a saber, há a recomendação da “utilização de mídias sociais de longo alcance (WhatsApp, Facebook, Instagram etc.) para estimular e orientar os estudos, pesquisas e projetos”.
De acordo com o texto do conselho, cabe às secretarias de educação e a todas as instituições escolares” a reorganização “dos ambientes de aprendizagem comportando tecnologias disponíveis para o atendimento do disposto nos currículos; realização de atividades on-line síncronas e assíncronas de acordo com a disponibilidade tecnológica”.
Vale dizer que tal documento traz as diretrizes nacionais com normas educacionais excepcionais para aplicar na pandemia. Entretanto, apesar de divulgado, não ocorreu a sua homologação pelo Ministério da Educação (MEC). Ademais, caberá às redes de ensino locais aderir ou não a essa proposta.
Uso de redes sociais no ensino gera polêmica
A declaração contida no documento do conselho acerca das redes sociais para auxiliar no ensino gerou debates. Isso por que os efeitos positivos nas mídias de relacionamento ainda não possuem certificação científica.
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford com 12 mil britânicos de 10 a 15 anos, os efeitos “são limitados e provavelmente “ínfimos” sobre a perspectiva de satisfação com a vida. Outra, com britânicos de 13 a 16 anos, afirma que redes sociais não fazem mal, desde que não substituam atividades mais saudáveis.
Por outro lado, um estudo americana relata que quanto menos usar as redes sociais contribui menos chances de desenvolver depressão e solidão.
Outros parâmetros estabelecidos pelo conselho do MEC
O documento flexibiliza a aprovação escolar ao permitir a “redefinição de critérios de avaliação” para a “promoção” do estudante.
Recomenda também uma “especial atenção” à aprovação de estudantes dos anos finais do ensino fundamental (5° ao 9º ano). Essa etapa de ensino registra alto índice de reprovação e abandono escolar.
Além disso, texto destaca a possibilidade da unificação curricular dos anos letivos de 2020 e 2021. Isso ocorreria para “evitar o aumento da reprovação do final do ano letivo de 2020” – ou seja, os dois anos letivos viram um só.