Você certamente tem em casa neste exato momento uma série de moedas do Plano Real. Estamos falando de peças circulantes, que podem ser encontradas por qualquer pessoa a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo.
O que nem todo mundo sabe é que algumas dessas moedas que você tem em casa podem ser consideradas valiosas. São peças que podem ser vendidas por um bom dinheiro, e que podem gerar um lucro para o cidadão. Isso porque colecionadores estão dispostos a pagar um bom valor por elas.
Mas afinal de contas, o que faz uma moeda se tornar rara? Essa certamente é uma pergunta que interessa a muitas pessoas que querem entrar no mundo da numismática. De acordo com os especialistas, existem três casos específicos que devem ser considerados nessa questão.
Três características que fazem uma moeda se tornar rara
- A tiragem
O primeiro ponto que deve ser considerado pelo cidadão é a questão da tiragem, ou seja, a quantidade de moedas que foram postas em circulação em um determinado ano.
Em regra geral, quanto menor for a quantidade de moedas postas em circulação, maior poderá ser o valor de revenda. Isso acontece por um motivo óbvio: quanto menos moedas estiverem em circulação, maior será a dificuldade para encontrar esses itens.
No Brasil, normalmente as moedas consideradas comemorativas possuem tiragens menores. Isso significa que elas poderão ser consideradas valiosas não porque são especiais, mas porque circulam com menor intensidade nas nossas ruas.
- O grau de conservação
Outro ponto muito importante na hora de definir o grau de raridade da sua moeda é o grau de conservação da mesma. Em regra geral, quanto melhor conservada estiver a sua peça, maior poderá ser o valor de revenda.
Nesse sentido, moedas circulantes que são encontradas no comércio, por exemplo, normalmente possuem valores menores. Sobretudo quando comparamos esses patamares com os preços projetados para as moedas que não circularam nas ruas.
Por isso, uma dica importante é tomar muito cuidado ao encontrar uma moeda que pode ser considerada valiosa. É necessário conservar com cuidado para que você consiga vender esse item por um preço maior no final das contas.
Não há nada que impeça um colecionador de limpar uma moeda antiga para que ela pareça mais nova, ou ao menos mais visível. Contudo, é importante lembrar que em alguns casos esta prática pode reduzir o valor da peça, já que ela poderá contar com uma camada de coloração diferente resultado das reações químicas no metal.
- Erros ou variantes
Por fim, mas não menos importante, o cidadão precisa prestar atenção na presença de erros ou variantes nas moedas que são encontradas na rua. Nesse caso, a presença dessas características pode fazer com que a sua peça seja catapultada para um valor muito maior.
No Brasil, os catálogos numismáticos mais atualizados já reconheceram erros e variantes como reverso invertido, reverso horizontal, cunho quebrado e até duplicação em alguns itens presentes na peça.
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para encontrar esses erros ou variantes. Na grande maioria dos casos, essa observação pode ser feita a olho nu por qualquer cidadão.
As moedas do Brasil
O Brasil já contou com várias moedas no decorrer da sua história. Abaixo, você pode ver um resumo da nossa história monetária:
- Período colonial a 1942 – Réis;
- De 1942 a 1967 – Cruzeiro;
- De 1967 a 1970 – Cruzeiro Novo;
- De 1970 a 1986 – Cruzeiro;
- De 1986 a 1989 – Cruzado;
- De 1989 a 1990 – Cruzado Novo;
- De 1990 a 1993 – Cruzeiro;
- De 1993 a 1994 – Cruzeiro Real;
- De 1994 até os dias atuais – Real.
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.