Você sabia que uma moeda de 50 centavos pode valer centenas de vezes o seu valor de face por causa de um erro de fabricação? Muitas pessoas podem duvidar dessa informação, acreditando ser fake news, perguntando-se como um defeito valoriza tanto assim um modelo, já que ele não surgiu com todas as características corretas. E é justamente por isso que ele vale tanto.
Em resumo, a Casa da Moeda fabrica as moedas no Brasil, conforme os pedidos do Banco Central. Cada modelo tem milhões de exemplares produzidos quase todos os anos, e sua fabricação ocorre de acordo com a necessidade. Assim, alguns modelos podem ter itens produzidos por anos consecutivos, enquanto outros passam algum tempo para terem novas peças fabricadas.
Seja como for, a quantidade elevada de moedas fabricadas e em circulação no país ajuda a elevar o valor de itens com erros de fabricação, uma vez que as falhas ocorrem em pouquíssimas unidades, que passam a ter características únicas e a atrair a atenção dos colecionadores, que pagam valores elevados pelos itens.
É como se um erro na fabricação não fosse considerado de fato uma falha, mas uma marca que valoriza a moeda. Aliás, vale destacar que algumas pessoas causam deformidades propositais nos modelos para tentar vendê-los por preços elevados, mas os colecionadores buscam itens que tenham falhas em sua origem, e não fabricadas por pessoas. Portanto, sempre tenha cuidado para não cair em golpes semelhantes.
A saber, muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos. Isso acontece devido a características únicas destes modelos, encontradas em poucos exemplares, como:
Em suma, estas são as principais características que tornam uma moeda mais valiosa. Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens.
Com o passar do tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrar estes modelos. Por isso que seus valores crescem tanto, fazendo diversas pessoas venderem itens com preços muito altos.
De acordo com o Moedas Brasileiras, de Rodrigo Maldonado, uma moeda de 50 centavos, fabricada em 1970, chega a valer até R$ 350. O item ganhou muita valorização devido ao seguinte erro: possui o reverso invertido.
Para conferir se o modelo tem o erro, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ela está invertida.
Em síntese, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
De acordo com o livro Moedas Brasileiras, a moeda de 50 centavos de 1970 com o reverso invertido pode ser vendida pelos seguintes valores:
Cabe salientar que os valores apresentados em catálogos funcionam apenas como uma base para as negociações. Caso o colecionador acredite que vale a pena pagar mais caro pelo item, ele o fará. Da mesma forma, caso não considere o modelo tão valioso assim, poderá negociar com o vendedor um preço mais baixo, mas a negociação só avançará se o vendedor aceitar o valor.
De toda forma, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Há muitos colecionadores dispostos a pagar caro para terem modelos raros, e essa é uma chance para ganhar um dinheiro extra sem fazer muito esforço.