As moedas não fazem muito sucesso no Brasil devido ao seu baixo valor monetário, ao menos no geral. Contudo, algumas peças podem valer verdadeiras fortunas caso possuam alguma peculiaridade buscada pelos colecionadores. Nesses casos, é possível encontrar itens de poucos centavos que chegam a valer milhares de reais.
Aliás, você sabia que algumas moedas podem valer até R$ 1.500? Isso parece uma informação falsa, mas existem pessoas dispostas a pagar muito dinheiro por modelos raros. Nos últimos anos, a busca por peças incomuns cresceu de maneira significativa no Brasil, movimentando um volume financeiro surpreendente.
Esses itens vêm mexendo com o imaginário de diversas pessoas, que se dispõem a pagar altos valores para tê-los em sua posse, mesmo que as moedas tenham um valor monetário muito baixo. Na verdade, o que importa para as pessoas que colecionam esses objetos são as particularidades que eles possuem, e não o valor monetário estampado.
Peculiaridades valorizam moedas
Muitas moedas fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos no país devido a características incomuns que elas possuem, com destaque para:
- Tiragem baixa;
- Fabricação para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunhagem;
- Poucas unidades em circulação no país;
- Antiguidade das peças.
Tudo isso dificulta a aquisição dos itens, pois reduz a sua disponibilidade. Como muitos colecionadores tentam a todo custo adquirir estas peças, o seu valor acaba disparando. Por isso que a população deve ficar atenta ao pegar moedas para não se desfazerem de itens valiosos, mesmo que pareçam comuns à primeira vista.
Conheça as moedas raras que valem R$ 1.500
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central. Em síntese, os itens são padronizados e idênticos, já que todas as imagens, formatos e tamanhos são iguais e específicos para cada valor facial.
Contudo, os exemplares nem sempre saem como planejado e alguns acabam apresentando erros de fabricação, algo que os valoriza devido à raridade que a peça adquire. Esse é o caso de três moedas de 10 centavos, que tiveram um erro de fabricação que elevou em dezenas de vezes o valor dos itens.
Os exemplares foram fabricados nos anos de 2000, 2001 e 2008 e a falha que elevou o valor dos itens se refere ao dístico ‘Brasil’, localizado no anverso das moedas, juntamente com o ano de cunhagem e a alusão ao Pavilhão Nacional. Em suma, os itens possuem a matriz de cunho duplicada, com o nome ‘Brasil’ duplo.
De acordo com o Catálogo Ilustrado Moedas com Erro, cada um dos itens pode ser vendido por até R$ 500, a depender do estado de conservação, totalizando R$ 1.500. Inclusive, os valores podem chegar até R$ 1.200, por cada moeda, mas as peças com este estado de conservação são feitas sob encomenda como as comemorativas, lacradas em estojos, ou seja, praticamente impossíveis de serem encontradas.
Veja os estados de conservação das moedas
Em síntese, as moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em síntese, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Ainda existe um estado de conservação chamado Flor de Cunho Excepcional (FDCe). Nesse caso, a moeda se refere a uma exceção, sendo considerada o modelo perfeito, sem qualquer defeito de cunho e marcas de contato, e com todo o brilho original. Essas peças são muito raras e, por isso, seu valor é bem maior que os demais estados de conservação.
Como vender estes itens raros pela internet?
Os interessados em vender seus exemplares podem conseguir isso através de diversas maneiras. Confira abaixo as principais formas de vender moedas raras para colecionadores.
- Entrar em grupos de colecionadores em redes sociais, como o Facebook;
- Acessar lojas especializadas na compra e na venda de moedas raras, tanto físicas quanto online;
- Participar de leilões de moedas raras, principalmente de itens que tenham alto valor;
- Buscar plataformas online como Mercado Livre e Shopee, pois possuem muitos usuários interessados em colecionar moedas raras.
Em síntese, os especialistas afirmam que o melhor é manter a moeda conservada em algum saquinho ou papel filme para que ela mantenha as suas formas originais, visto que o manuseio sem cuidado pode desgastar a peça. Isso pode ser feito com outros modelos, que podem se valorizar com o passar do tempo.
Por fim, as pessoas devem aumentar o conhecimento no tema e ganhar experiência no mercado para conseguirem preços justos. Os leilões oferecem um ambiente competitivo, aumentando as chances de venda das moedas a preços mais elevados. Por isso, o mais indicado é se aprofundar no tema antes de querer vender os itens raros.