Independente da sua região e da sua classe social, é fato que você sabe o que está acontecendo em Israel. O país está no meio de uma guerra declarada com a Palestina, e mais recentemente as tensões começaram a envolver também o Irã. Mas para além da preocupação com o que está ocorrendo no Oriente Médio, há também uma preocupação interna.
E a maior preocupação gira em torno do preço da gasolina. Como se sabe, países do Oriente Médio são grandes produtores de petróleo, e uma crise envolvendo a região teria muito potencial para mexer nos preços que são aplicados na gasolina para o público brasileiro.
É fato que a Petrobras decidiu acabar com a Política de Paridade Internacional (PPI), o sistema que atrelava os preços do combustível no Brasil aos valores internacionais. De todo modo, o novo sistema adotado pela Petrobras não acabou de vez com este atrelamento.
Isto significa que a Petrobras não precisa repassar todo o aumento de uma vez para o consumidor, mas considerando um cenário de aumento expressivo dos valores internacionalmente, é possível até mesmo provável que o reajuste seja aplicado no Brasil.
De acordo com informações de bastidores, a ordem dentro do governo federal é aguardar. Por agora, o que se tem é que os valores da gasolina não serão elevados pela Petrobras, mesmo em um contexto de aumento das tensões envolvendo Israel e o Irã.
Serão duas fases de espera:
Somente depois destes dois movimentos, é que a Petrobras poderia agir para elevar os preços da gasolina no Brasil, em decorrência deste delicado contexto internacional.
Nesta segunda-feira (15), o mercado futuro do barril de petróleo abriu com cotação de US$ 89,60, o que pode ser considerado como uma leve baixa. Mas tudo pode mudar a depender das possíveis respostas de Israel ao Irã.
Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início do ano passado, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.
Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).
“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele, durante uma entrevista veiculada recentemente.
Ainda no final do ano passado, o congresso nacional promulgou oficialmente a Reforma Tributária. O texto ainda precisa passar por uma série de regulamentações, e ainda deve demorar um pouco para impactar a vida dos brasileiros. Mas alguns pontos já devem ser sentidos desde já. Um deles, por exemplo, é o não aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Desde a promulgação do texto, alguns estados, que haviam se comprometido a elevar o ICMS para o próximo ano, começaram a desistir da ideia. Foi o que aconteceu com as seguintes unidades da federação:
Nestes estados, existia uma previsão de aumento deste imposto, que poderia impactar o valor da gasolina e de uma série de produtos alimentícios já a partir de janeiro. Mas o fato é que os governadores locais decidiram voltar atrás do aumento.