Economia

Confirmada PÉSSIMA NOTÍCIA para os brasileiros que usam a Gasolina

A partir do dia 1º de março, os condutores brasileiros não mais contarão com a desoneração tributária sobre a gasolina e etanol. Desse modo, sem a isenção, os combustíveis devem ter um aumento de R$ 0,68 por litro nos postos de gasolina, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O aumento ocorrerá em um cenário favorável para a Petrobras, uma vez que pratica preços mais altos do que o mercado internacional. Todavia, sua concorrente principal no Brasil, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, reduziu na última quarta-feira (22) o preço da gasolina em R$ 0,29 por litro.

Ainda de acordo com os cálculos da Abicom, com a volta dos impostos, o impacto no preço da gasolina nas refinarias será de R$ 0,79 pelo PIS/Cofins, e de R$ 0,10 pela Cide. Neste contexto, com a mistura do etanol nos postos, o retorno dos impostos na gasolina será de R$ 0,68 por litro.

No que se refere ao etanol hidratado, com a mistura de 27% por litro de gasolina, deve subir R$ 0,24 por litro nas distribuidoras. Em relação aos preços praticados no mercado internacional, a venda da gasolina nas refinarias da Petrobras está, em média, 8% mais cara, enquanto o diesel  7% maior.

Assim, a diferença corresponde a uma possível queda de R$ 0,23 por litro no caso da gasolina e de R$ 0,25 no diesel. Já a Refinaria de Mataripe, está com uma alta em relação ao mercado externo. O preço do combustível chega a 10%, informa a Abicom, mesmo após a redução da semana passada.

Ala política teme aumento da inflação

Nas últimas semanas, as discussões envolvendo os combustíveis ficaram bastante intensas no país. Por um lado, a equipe econômica defendia a volta dos impostos sobre combustíveis, que permitem uma arrecadação de milhões de reais aos cofres públicos.

Por outro lado, a ala política temia um desgaste da imagem do presidente Lula com o encarecimento dos combustíveis. Além disso, também havia um temor sobre o aumento da inflação, que eleva o custo de vida da população.

De acordo com o ministro Fernando Haddad, a cobrança de impostos sobre combustíveis será fundamental para que o governo possa reduzir o rombo nas contas públicas em 2023. Aliás, caso o governo decida manter a isenção dos impostos, a arrecadação será menor e o déficit continuará muito elevado.

Tanque cheio consome em média 7% da renda dos brasileiros

Um dos principais pontos do estudo realizado pela Fipe, em parceria com a Veloe, é o custo médio para encher um tanque de combustível de 55 litros. Esse custo equivale a 6,8% da renda domiciliar média no Brasil, com relação ao terceiro trimestre de 2022. Além disso, com relação ao trimestre anterior, esse valor chegou a 9,3%.

Ainda de acordo com a pesquisa, os brasileiros que mais sofrem com os preços da gasolina são os que estão no Nordeste, com o tanque cheio equivalente a 11,2% da renda. Por outro lado, aqueles que vivem no Sudeste sofrem menos, com 5,7%. A melhor situação é para quem mora no Distrito Federal (3,4%) e a pior para quem mora no Maranhão (12,8%).

Esse Monitor de Preços de Combustíveis da Veloe com a Fipe será mensal, e irá acompanhar o custo médio dos combustíveis no Brasil, fazendo a relação com a renda dos brasileiros, também trazendo cálculo da variação entre gasolina e etanol para carros Flex.

Por fim, o levantamento é composto pelos dados transacionais da Veloe, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), e pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fipe.