O governo federal criou nesta segunda-feira (23), o programa ConectaBR. Trata-se de um conjunto de diretrizes que tem como objetivo ampliar a cobertura da internet móvel em todo o território nacional. A ideia também é melhorar a qualidade da banda larga. A iniciativa, aliás, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo o Ministério das Comunicações, o programa visa “reduzir desigualdades regionais, propiciando experiências similares aos usuários de serviços de telecomunicações em todo o território nacional”. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai ser a responsável pelo desenvolvimento dos instrumentos, projeções e ações do projeto.
No texto do programa, o Ministério das Comunicações determinou ainda uma série de metas de referência de qualidade que devem ser alcançadas por meio do projeto em questão. Neste sentido, a Anatel deverá criar um “Selo Qualidade em Banda Larga Móvel”, para avaliar o trabalho dos prestadores de serviços.
Mas afinal de contas, quais são as metas que deverão ser perseguidas pela Anatel? De acordo com o texto publicado no Diário Oficial da União, o grande ponto é:
Desta forma, um município só vai ser considerado “coberto” pela banda larga móvel quando a cidade em questão alcançar os índices exigidos acima. A pasta considera que tal medida tem potencial de incentivar a competição entre as diferentes empresas de distribuição de internet no Brasil.
O Ministério das Comunicações deverá tornar estes dados públicos. Neste sentido, a ideia é disponibilizar as informações sobre velocidade da internet tanto no app como também no site oficial da Anatel.
O ConectaBR foi oficialmente lançado no último sábado (21), na cidade de São Luís (MA). O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, disse que a proposta tem potencial de impactar a vida de milhões de brasileiros de todas as regiões do Brasil.
“Estamos iniciando uma política pública que vai influenciar diretamente na vida dos brasileiros. O governo do presidente Lula se une a todos os atores envolvidos para entregar um serviço de melhor qualidade para a população brasileira”, destacou o titular da pasta de Comunicações.
“É uma ampliação significativa que vai impor às operadoras investimentos em infraestrutura, melhorias no serviço, garantindo uma velocidade mínima da tecnologia 4G de cerca de 10 Megabytes por segundo, e no 5G, uma velocidade mínima de 100 Megabytes por segundo”, ressaltou o ministro Juscelino.
“Eu tenho certeza que todas as operadoras têm interesse em prestar um serviço de qualidade para a população para manter os seus clientes. Aquelas operadoras que solucionarem os problemas terão o seu reconhecimento por meio de um selo de qualidade do ConectaBR”, assinalou.
Mas afinal de contas, qual é a real velocidade média da internet no Brasil hoje? Uma melhora das atuais condições é realmente importante? De acordo com um levantamento de desempenho de banda larga realizado pela Ookla, a resposta para esta pergunta é sim.
Os dados da pesquisa em questão mostram que pessoas que moram nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, em média, conseguem navegar pela internet com muito mais qualidade e velocidade em comparação com as pessoas que estão nas regiões Norte e Nordeste do país.
No Distrito Federal, por exemplo, é onde se registra a maior velocidade média de internet, com 86,13 Mbps. No Amazonas, por outro lado, esta média de velocidade está na casa dos 33,13 Mbps. A discrepância é ainda maior quando se analisa apenas as cidades. A banda larga de Brasília é 181% mais veloz do que a de Manaus.