O Concurso Nacional Unificado (CNU) está em fase de escolha da banca examinadora. No entanto, recentemente recebeu alguns questionamentos das empresas que estão em disputa para cumprir com a função.
De acordo com as possíveis bancas, o projeto básico do CNU não está completo e precisa de maiores informações importantes. Esta documento funciona como se fosse o espelho do edital, ou seja, um modelo. Portanto, tem grande relevância para o trabalho da banca.
Nesse sentido, estes questionamentos e falta de detalhes já estão interferindo no cronograma que o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) estabeleceu para o concurso.
De acordo com este cronograma, a contratação da banca deve ocorrer ainda neste mês de novembro.
O Idecan (Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional), órgão federal que irá participar do certame, se manifestou sobre o assunto. De acordo com ele, então, o documento precisa suprir algumas informações.
“O Idecan foi consultado pelo CNU, mas fez questionamentos sobre o TR (termo de referência) por achar que faltavam informações importantes. A banca aguarda resposta”, declarou.
Atualmente, a escolha da banca segue em andamento, com um total de 5 opções. Estas, então, precisavam enviar suas propostas de acordo com o projeto básico.
As possíveis bancas são:
Segundo indica o cronograma, as propostas teriam de ser enviadas até o dia 26 de outubro. Assim, a escolha será de acordo com uma análise das melhores técnicas para o CNU.
A expectativa é de que a escolha ocorra até 22 de novembro, no entanto, o Governo Federal busca a maior celeridade possível.
A banca examinadora ficará responsável por uma série de atividades. Dentre elas estão, por exemplo, todo o processo de inscrições, a aplicação das provas e a publicação dos resultados.
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No entanto, é importante lembrar que o Concurso Nacional Unificado terá uma logística desafiadora para a banca. Isto é, já que tem o objetivo de realizar a aplicação em 180 municípios de todo o território brasileiro. Trata-se de uma proposta inovadora, com o objetivo de democratizar mais o acesso a estas oportunidades.
Segundo a líder do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, as principais bancas do país foram procuradas pelo Governo Federal.
Recentemente, a pasta responsável pelo CNU realizou uma enquete para saber a preferência dos candidatos. Assim, ao todo, 3.583 pessoas participaram da votação, sendo o Cebraspe a empresa preferida. Confira os resultados a seguir:
Ainda em outubro, a ministra relatou o envio do termo de referência para diversas empresas.
“A gente fez o termo de referência e enviou para todas as instituições que podem realizar este concurso. Não é só o Cebraspe, tem uma lista de instituições que têm capilaridade nacional e referência de fazer bons concursos”, relatou a ministra, em 18 de outubro.
Nesse sentido, o termo de referência é sinônimo de projeto básico, tendo informações como número de vagas, cargos, formato das avaliações e cronograma.
O Concurso Nacional Unificado (CNU) se trada de uma nova proposta avaliativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, que tem o objetivo de centralizar vagas já liberadas pela pasta neste ano de 2023.
A intenção da proposta é de facilitar o acesso a vagas destinadas ao serviço público federal. Por meio do novo modelo, as avaliações serão aplicadas em 180 cidades, distribuídas em todo o território nacional, e não somente nas principais capitais.
Através do CNU, será possível também que um candidato concorra a mais de um cargo, mediante o pagamento de somente uma inscrição.
No geral, 22 órgãos confirmaram presença na primeira edição do Concurso Nacional Unificado. Ao todo, serão ofertadas 6.640 oportunidades para funções de nível médio e superior.
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É importante pontuar que a adesão ao Concurso Nacional Unificado foi voluntária. Com isso, os órgãos possuem autonomia para aderir ou não o formato avaliativo proposto.
Ao todo, o CNU contará com a oferta de 6.640 vagas, que se distribuirão em blocos temáticos. Dessa forma, os grupos serão os seguintes:
Contudo, o número total de blocos ainda se encontra em processo de revisão, podendo sofrer alteração caso seja necessário.
“Vão ser seis, sete blocos ou um pouco mais talvez. A lógica é que esses blocos tenham afinidade temática”, detalhou a ministra Esther Dweck.
Dessa forma, os candidatos deverão escolher estes blocos que abrangerão diferentes cargos, de vários órgãos federais. Esta será uma boa forma de aumentar as chances de conseguir uma vaga, visto que a disputa será para diversas opções de um mesmo bloco.
Todos os candidatos que participarem da primeira edição do CNU deverão passar por provas objetivas e discursivas.
No entanto, frisa-se que ambos os exames terão a aplicação em uma mesma data, de forma simultânea em 180 cidades do país. Dessa forma, os candidatos devem passar pelas seguintes etapas:
Já as avaliações específicas e discursivas terão temas de acordo com os blocos temáticos.
“O objetivo é selecionar profissionais com capacidade de obter conhecimentos e desenvolver especializações diversas que se fizerem necessárias para o bom desempenho das inúmeras funções públicas com as quais se defrontarão ao longo dos seus percursos profissionais”, informou o MGI.
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De acordo com membros da pasta, todo o conteúdo programático e as disciplinas que estarão nos exames só serão divulgados por meio do edital oficial do processo seletivo.