Governo Federal propõe a diversos órgãos a criação do Concurso Nacional Unificado, por meio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Isto é, trata-se de uma forma de unificar provas de diferentes concursos públicos.
Desse modo, seria possível tornar o processo mais acessível, já que chegaria a 180 cidades do país. Estes candidatos, então, devem preencher quase 8.000 vagas de servidores federais.
A aplicação das provas deve se dividir nas regiões brasileiras da seguinte forma:
O que definiu quais seriam estes municípios foi uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Portanto, os órgãos que desejam participar da iniciativa devem se manifestar até o dia 29 de setembro para aderir ao Concurso Nacional Unificado. Nesse sentido, é importante lembrar que a adesão é voluntária, de forma que os órgãos podem continuar realizando seus próprios concursos, caso prefiram.
O objetivo é realizar um processo semelhante ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Assim, as pontuações são únicas, podendo ser aproveitadas por diferentes órgãos, assim como é no caso do vestibular para as universidades.
O secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso Jr, declarou que, de acordo com alguns estudos, este formato pode trazer uma seleção melhor.
“Este projeto é inovador e ousado. Com isso, criamos um critério de justiça de acesso às vagas públicas como nunca ocorreu antes na história do Brasil”, declarou.
No dia 28 de agosto, última segunda-feira, ocorreu a divulgação do cronograma para o Concurso Nacional Unificado.
Desse modo, já é possível saber que o processo será da seguinte forma:
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Além disso, o MGI também também espera que a divulgação dos resultados da primeira fase saia em abril de 2024. Então, os cursos de formação começarão entre junho e julho do próximo ano.
Segundo o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Concurso Nacional Unificado se dividirá em duas partes, com aplicação no mesmo dia.
Assim, no primeiro turno, ocorrerá as provas objetivas que têm matriz em comum para os candidatos. Isto é, de forma que todos farão exames com o mesmo conteúdo.
Já no segundo momento, haverá a aplicação de provas específicas e dissertativas a partir de blocos temáticos. Desse modo, cada cargo e órgão poderá cobrar matérias mais específicas da área.
Com o objetivo de atender diferentes órgãos federais, o Concurso Nacional Unificado trará quase 8.000 vagas, de acordo com os seguintes blocos temáticos:
Isto é, o que totaliza em 7.826 oportunidades para diferentes áreas de atuação.
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É importante lembrar, nesse sentido, que já existem dezenas de órgãos federais com autorização do Governo Federal para realizar concurso público. Além disso, muitos destes se encaixam nas áreas acima. Portanto, é possível que estes manifestem interesse em aderir com Concurso Nacional Unificado.
Os órgãos federais que têm interesse em participar do Concurso Nacional Unificado devem se manifestar até o dia 29 de setembro. Portanto, apenas haverá certeza de quais estes serão ao fim do prazo.
No entanto, considerando aqueles que já contam com autorização do Governo Federal para realizar concurso público, é possível ter certa expectativa de sua participação.
Nesse sentido, alguns dos órgãos federais que possivelmente estarão no Concurso Nacional Unificado são, por exemplo:
Além destes, outros órgãos federais também já têm autorização e poderão participar da iniciativa.
Desde que se iniciou, a nova gestão federal indica que tem o interesse de fortalecer os concurso públicos. Desse modo, a intenção seria de aumentar a qualidade do serviço público, visto que havia a renovação do quadro de servidores.
Nesse sentido, o Concurso Nacional Unificado surgiu como uma forma de democratizar mais a realização das provas. Isto é, visto que, em apenas uma prova, será possível concorrer a diferentes oportunidades.
Além disso, a intenção do “Enem dos concursos” é chegar a mais localidades, com aplicação em 180 cidades.
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A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, falou sobre o assunto.
“Estamos trabalhando para unificar os concursos autorizados, oferecendo provas em mais de 180 cidades em todas as regiões do país. Uma forma de democratização do acesso, construindo um serviço público mais diverso e representativo da sociedade brasileira”, defendeu.