Uma notícia animadora para quem está de olho no próximo concurso Correios.
Isso porque o presidente da estatal, Fabiano Silva, reconheceu que a necessidade do concurso é urgente e que ele pretende acelerar os tramites para o que o edital seja lançado ainda em março deste ano.
A informação foi divulgada durante reunião entre o presidente dos Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
Contudo, para que o concurso seja lançado neste ano, a estatal precisa primeiro resolver gargalos importantes, como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), medir a mensuração de necessidades de distritos, entre outras demandas internas.
Mesmo com todas essas pendencias, o presidente se mostrou animado durante o evento que comemorou o dia do carteiro, em 25 de janeiro.
Na ocasião, Fabiano confirmou a realização do concurso para 2024.
“Iniciamos um grupo de trabalho para discutir PCCs. Nós vamos sim realizar concurso público. Eu sei que é uma demanda, que vocês estão sobrecarregados. Mas nós não podemos realizar um concurso sem planejamento. Este ano eu estou garantindo, nós vamos realizar concurso público na empresa”, disse o presidente durante o evento.
Uma das principais reinvindicações dos sindicatos é a realização de concurso público para suprir o déficit de funcionários.
“O concurso é urgente. As condições de trabalho estão péssimas na ECT e a direção da empresa não se mexe. Os setores lotados de encomendas e cartas paradas há meses e o pessoal tendo de ir muito além da jornada é prova disso!”, afirma a SINTECT – SP.
A empresa estatal está sem concurso público há mais de uma década, o que reforça o déficit de servidores.
Atualmente especula-se que existam cerca de 7 mil cargos vagos. Mas esse número pode aumentar ainda mais com os pedidos de aposentadoria, a expansão dos serviços e demanda crescente por serviços de postagem e frete.
Outro motivo que indica a necessidade do novo concurso é que o governo federal retirou os Correios da lista de privatizações.
Tanto os Correios, quanto outras estatais importantes não serão mais privatizadas. O anúncio foi dado em decreto pelo executivo federal em abril do ano passado.
Ao todo, sete estatais foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND). São elas:
Recentemente, a Findect emitiu um comunicado em seu site afirmando que os Correios podem entrar em colapso caso um novo concurso público não seja realizado com urgência.
De acordo com o sindicato, o déficit de funcionários na estatal coloca em risco todas as operações da empresa, levando a condições precárias de trabalho, além, é claro, de prejudicar o atendimento à população.
“A cada dia que passa, as condições de trabalho nos Correios se agravam, tornando-se uma verdadeira bola de neve que compromete não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a prestação de serviços à população. O déficit de funcionários, persistente há mais de uma década devido à ausência de contratações através de concursos públicos, é alarmante”, informou o sindicato em nota.
Ainda segundo a Findect, o Correios passou de 127 mil funcionários para apenas 80 mil.
“Diante dessa crise iminente, a realização urgente de concurso público torna-se não apenas uma necessidade, mas uma responsabilidade do governo e da direção dos Correios. O silêncio e a inação são inadmissíveis diante da situação crítica que se instalou. O apelo é claro: contratação já!”, complementa a Findect.
Além das novas contratações, o sindicato ainda revela a falta de infra estrutura para o trabalho, exigindo da estatal melhores condições.
Para a Findtec é urgente que as unidades de atendimento, os centros de distribuição e tratamento recebam melhorias essenciais para garantir a eficiência e a qualidade do serviço prestado à população.
Outro problema apontado pelo sindicato é o descompasso entre a demanda cada vez maior e a estrutura atual que não é capaz de atender ao cenário moderno.
Apesar do comunicado, até o momento os Correios não se manifestaram sobre a realização de um novo concurso público.
Vale lembrar que no final do ano passado, sob a pressão de uma possível greve, a estatal atendeu as exigências do sindicato que propunha o reajuste salarial de R$ 250 para os servidores que recebem até R$ 7 mil mensais, além de um aporte no valor do vale alimentação de R$ 1.500 a mais.
O novo concurso Correios deve ofertar cerca de 5 mil vagas efetivas. A informação foi divulgada após uma reunião entre a Diretoria Executiva dos Correios e o secretário geral da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores da ECT), José Rivaldo da Silva.
Segundo o secretário, na ocasião, foram ouvidas as demandas dos funcionários da estatal e discutida a necessidade de realização de novo concurso para suprir o déficit de servidores.
Contudo, até o momento o concurso não foi confirmado pelos Correios, nem mesmo aprovado pelo presidente da empresa, Fabiano Silva Santos.
Caso seja aprovado internamente, o pedido ainda precisa seguir para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, sob o comando da ministra Esther Dweck, para que seja autorizado oficialmente.
Se autorizado, o concurso Correios irá ofertar vagas para nível médio e superior provavelmente para os seguintes cargos:
Nível médio:
Nível superior:
De acordo com o último edital, onde foram ofertadas 9.190 vagas para todo o país com oportunidades para cargos de nível médio e superior, os salários iniciais na época eram de R$ 3.211,58.
Hoje em dia, no entanto, os salários podem variar de R$ 2.179,25, para cargos de nível médio em inicio de carreira, até R$ 25.126,53 para cargos de nível superior na maior hierarquia.
Confira a seguir os requisitos exigidos para cada um dos cargos existentes dentro da empresa brasileira:
Agente dos Correios
Técnico de Correios
Especialista de Correios
Analista de Correios
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho
Enfermeiro do Trabalho
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Técnico em Segurança do Trabalho
Médico do Trabalho