Na próxima segunda-feira (8), milhões de pessoas de todas as regiões do planeta devem parar para acompanhar o primeiro eclipse solar total do ano de 2024. Isso significa basicamente que a Lua vai se posicionar entre a Terra e o Sol de maneira alinhada, criando uma sombra capaz de bloquear a luz solar.
Olhando daqui do Planeta Terra, é como se o Sol desaparecesse por alguns momentos, criando uma clara sensação de que o dia vai virar noite. “O eclipse de 8 de abril de 2024 será um eclipse solar total. Será o último eclipse solar total visível nos Estados Unidos até 2044”, diz o comunicado da Nasa.
Desta vez, no entanto, pessoas que estão no Brasil não terão a oportunidade de acompanhar o eclipse solar observando o céu. Este é um fenômeno que poderá ser visto por pessoas do Canadá, Estados Unidos e México. O evento climático deve começar por volta das 12h42 e terminar por volta das 17h52, pelo horário de Brasília.
Alguns outros países da Europa e do Caribe também conseguirão observar alguma fração do fenômeno, mas apenas de maneira leve. No Brasil, não há previsão de visualização de nenhuma forma.
Segundo meteorologistas, estes são os locais onde o eclipse solar poderá ser visto em sua totalidade:
Mas em tempos de alta tecnologia, mesmo os brasileiros poderão acompanhar o eclipse solar total da próxima segunda-feira (8). Para tanto, basta acompanhar a transmissão ao vivo que será feita por algumas transmissoras como:
A transmissão da Nasa no Youtube, por exemplo, já está com o link liberado. A cobertura completa vai começar às 14h, com direito a entrevistas com uma série de especialistas sobre o tema. Já a transmissão da Disney+ está marcada para começar às 15h.
Segundo especialistas, o próximo eclipse solar que será visível no Brasil deve acontecer no dia 2 de outubro. O fenômeno poderá ser visto nos seguintes locais:
De acordo com especialistas em saúde da visão, não se deve olhar diretamente para o sol, porque este movimento pode danificar a retina dos olhos do observador. Assim, não é recomendável realizar esta observação nem mesmo com o uso de películas de raio-x, óculos escuros ou qualquer outro material caseiro que supostamente diminua a incidência dos raios do sol.
“Na prática, o que acontece é que a nossa córnea funciona como uma lente, que vai concentrar a luz solar lá no fundo da nossa retina. Assim como acontece se a gente pegar uma lente ou lupa para aquecer um ponto, queimar uma folha de papel, é a mesma coisa que acontece com a nossa retina: ela vai ser queimada pela luz, pela radiação concentrada do Sol”, disse o astrônomo Marcelo Zurita, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros, em entrevista ao jornal O Globo.
A força do sol é tão grande que analistas não recomendam olhar o eclipse nem mesmo por intermédio de um telescópio. Eles afirmam, em geral, que este tipo de observação pode danificar o aparelho.
“Nunca use um telescópio, pois o dano será imediato e também irreversível. Somente se pode usar telescópio apropriado, com filtro apropriado e sob supervisão de profissionais”, disse a astrônoma Josina Nascimento, em entrevista ao portal do Observatório Nacional.