Os preços internacionais puxaram exportações recordes de US$ 14 bi em julho, de acordo com divulgação realizada na data desta publicação, 11 de agosto de 2022, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em julho, as exportações do agronegócio brasileiro foram impactadas pelo aumento dos preços médios de exportação, que cresceram 24,8%, de acordo com informações oficiais.
Com isso, as vendas para o mercado externo alcançaram valor recorde para o mês: US$ 14,28 bilhões (+26,8% em relação a julho/2021). O índice de quantum subiu 1,6%, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A participação do agronegócio atingiu 47,7% do total das exportações nacionais, ressalta a divulgação oficial. A explicação para a elevação do índice de quantum está relacionada, principalmente, ao aumento do volume exportado de milho no mês de julho, que alcançou mais de 2 milhões de toneladas em termos absolutos.
Outros destaques foram os produtos do complexo soja (grãos, farelo e óleo) e a carne bovina e de frango, destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As importações de produtos do agronegócio somaram US$ 1,48 bilhão (+19,3%), também influenciadas pelos preços médios que cresceram 16,1%, ressalta a divulgação oficial.
As vendas externas de milho subiram de 1,99 milhão de toneladas em julho/2021 para 4,12 milhões de toneladas em julho/2022 (+106,9%) . Tal volume é suplantado apenas pelas exportações em 2019, que alcançaram 5,93 milhões de toneladas no mesmo mês, informa o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Quanto ao valor exportado, de US$ 1,15 bilhão (+189,7%), este foi recorde para julho, devido à alta dos preços médios de exportação do cereal, 40% superiores em comparação ao mesmo mês do ano passado.
Segundo destaca o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Irã foi o maior importador de milho brasileiro em julho deste ano, com aquisição de 832 mil toneladas ou o equivalente a US$ 258,93 milhões (+308,4%). Em seguida, aparecem Colômbia (US$ 118,42 milhões; +2.416,7%) e Japão (US$ 102,97 milhões; +34,3%).
A alta disponibilidade de milho, anunciada pela Conab em julho deste ano, com primeira e segunda safras em fase de colheita, e terceira safra com previsão de plantio concluída, criam o cenário propício para o maior ritmo de exportações no segundo semestre, cuja demanda interna prevista para o ano é de 77,19 milhões de toneladas, detalha o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) através de recente divulgação oficial.