Uma excelente notícia divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, revela que o preços dos alimentos teve uma queda de 13,3% no primeiro semestre de 2023, em comparação ao mesmo período do ano passado.
O setor de alimentos é de extrema importância, especialmente para as famílias de baixa renda no Brasil, que destinam uma parcela significativa de seus ganhos mensais para garantir sua alimentação básica.
É importante ressaltar que, ao longo dos anos, a dinâmica dos preços dos alimentos tem sido um fator determinante na redução geral da inflação no país.
Afinal, a alta dos preços desses produtos impactar diretamente o custo de vida das famílias e pode resultar em pressões inflacionárias significativas em toda a economia.
Quer conferir os detalhes desse recente levantamento, além de esclarecer outras questões relacionadas? Continue com a gente nessa leitura.
É evidente ao percorrer as prateleiras do supermercado que os preços dos alimentos apresentam uma tendência de estabilidade, com aumentos menos frequentes de um mês para outro. Além disso, é possível constatar que alguns produtos inclusive estão sendo comercializados por preços mais acessíveis.
Essa aparente desaceleração no aumento dos preços dos alimentos traz alívio aos consumidores, que por muito tempo enfrentaram o impacto de uma inflação mais acentuada nos itens básicos do dia a dia.
A inflação dos alimentos e bebidas, de acordo com a medição realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem registrado uma trajetória de queda constante nos últimos meses.
Essa tendência de redução se manteve até junho, quando o índice atingiu a marca de 4% no acumulado dos últimos 12 meses. Assim, em um estudo que monitora uma cesta básica composta por 13 itens, observou-se que seis deles apresentaram redução de preço ao longo de um ano.
Durante esse período, o preço médio da cesta básica no Brasil teve um aumento de apenas 0,57%, uma taxa significativamente menor do que os 29% registrados nos 12 meses anteriores.
Em conclusão, vale ressaltar que a diminuição desses índices em relação aos alimentos é um fator relevante para a economia, pois impacta diretamente o poder de compra dos consumidores e a estabilidade dos preços no mercado.
Assim, como mencionamos anteriormente, desde o início deste ano, os preços dos produtos dos alimentos, isto é, dos produtos agrícolas, como grãos, carnes, legumes e verduras, sofreram uma queda de 13,3%.
Estes dados foram coletados no decorrer do mês de junho, apresentando uma análise detalhada do comportamento dos preços ao longo do primeiro semestre deste ano.
O índice IPPA, Índice de Preços ao Produtor de Grupos de Produtos Agropecuários, responsável por essa medição, considera os preços dos alimentos no campo, diretamente relacionados aos produtores, em vez de refletir os valores finais percebidos pelos consumidores.
Dessa forma, em junho, o IPPA registrou uma queda de 2,2%, sendo que os grãos tiveram uma redução de 2,9%.
No setor pecuário, a diminuição foi de 1,1%, enquanto nos hortifrútis foi de 2%. Por fim, os preços da cana e do café, representados pelo IPPA-Cana-Café, também sofreram uma queda de 2,7%.
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Por fim, no último mês, segundo o índice da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), as cotações internacionais dos preços dos alimentos sofreram uma redução de 16,2%.
Além disso, a taxa de câmbio oficial entre o dólar americano e o real também diminuiu em 0,1%, de acordo com informações do Banco Central.
“No cenário internacional, houve queda de 1,4% nas cotações dos alimentos [em junho], cujo índice é divulgado pela FAO, e de 2,6% na taxa de câmbio oficial (US$/R$), divulgada pelo Banco Central“, demonstrou o Cepea em uma nota.
A FAO desempenha um papel fundamental como o braço especializado da ONU.
No contexto do primeiro semestre, foi observada uma queda significativa nos preços internacionais dos alimentos, totalizando uma redução acumulada de 16,2%.
Essa tendência de diminuição de preços pode ter implicações importantes para a segurança alimentar global, afetando tanto produtores quanto consumidores em diversos países.