Economia

Com parcelas de R$ 300, auxílio emergencial pode custar R$ 25 bilhões por mês

Atualmente, o governo está estudando a forma de prorrogar o auxílio emergencial, que hoje paga R$ 600 por parcela. Além da questão do orçamento disponível, há o fator político para os detalhes da prorrogação.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gostou do aumento da popularidade causado pelo auxílio, especialmente no Nordeste. A região é conhecida por ser reduto petista e o presidente perdeu a última eleição por lá. Por isso, uma das vantagens de estender o auxílio é aumentar a simpatia do potencial eleitor de 2022.

Inicialmente, o programa custaria R$ 98 bilhões, quando seria pago durante três meses. Em seguida, o orçamento passou para R$ 150 bilhões. Quando foi prorrogado para cinco meses, o orçamento subiu para R$ 254,4 bilhões.

Agora, Bolsonaro já revelou que o programa será prorrogado até dezembro de 2020. O valor das novas parcelas ainda não foi divulgado, mas elas podem ser de R$ 300. Se esse valor for confirmado, o auxílio emergencial terá custo médio mensal de R$ 25 bilhões, contra o atual custo de R$ 50 bilhões por mês.

O anúncio da prorrogação aconteceria nesta terça-feira (25). Como o governo ainda não entrou em consenso sobre o valor das novas parcelas, o anúncio foi adiado. Enquanto Paulo Guedes, ministro da Economia, defende novas parcelas de R$ 200, Bolsonaro quer um valor maior. Rodrigo Maia recentemente afirmou que manter o benefício a R$ 600 é ‘muito pesado’.