O valor disparou! Nos últimos tempos, uma moeda de 1 real tem mexido com o imaginário dos colecionadores. Muitas pessoas estão tentando encontrar o item, mas a sua aquisição tem sido algo muito difícil no Brasil, e isso vem elevando significativamente o valor do exemplar.
Em resumo, trata-se de uma moeda de 1 real com um erro considerado “bobo”. No geral, as pessoas não conseguem perceber a peculiaridade, mas apenas os indivíduos que buscam essas características. O problema é que esse item está escasso no país, ou seja, as pessoas não estão conseguindo encontrá-lo de jeito algum.
Por falar nisso, a dificuldade de possuir o item também acontece porque a moeda foi produzida em um ano específico, para um evento que aconteceu no Brasil. Em outras palavras, a baixa tiragem do item já o valoriza, e, possuindo alguma falha, o valor sobe ainda mais.
Você já ouviu falar em numismática?
Nos últimos tempos, a venda de moedas raras cresceu significativamente no Brasil. O negócio se tornou muito lucrativo para diversas pessoas que possuem estes itens pouco comuns. Aliás, a chance de aumentar o dinheiro com apenas algumas moedas se transformou em uma fonte de renda extra para muitos brasileiros.
A saber, as pessoas que se especializam, pesquisam ou colecionam cédulas, moedas e medalhas recebem o nome de numismatas, e esse universo se fortalece no país a cada dia que passa.
Isso acontece porque o negócio é uma via de mão dupla. De um lado, existem pessoas interessadas em adquirir os itens, aumentando seu acervo de exemplares raros. Já do outro lado, há pessoas que não se importam em ter os itens em sua posse, considerando a sua venda como algo mais lucrativo. Tudo depende do objetivo de cada um.
Confira o que eleva o valor de uma moeda
Por falar nisso, muita gente se pergunta o que faz o valor de uma moeda crescer. Em suma, estes itens fazem sucesso entre os colecionadores e passam a ter valores muito altos devido a características únicas que possuem, encontradas em poucos exemplares. A propósito, as principais características que valorizam um item são:
- Exemplares fabricados para datas comemorativas;
- Modelos com erro de cunho ou fabricação;
- Poucos exemplares produzidos;
- Poucas unidades em circulação no país.
Como os colecionadores buscam itens raros e únicos, estes fatores chamam a atenção e os fazem pagar caro para terem os itens, até porque, como o passar do tempo, torna-se cada vez mais difícil encontrá-los no país. Por isso que seus valores crescem tanto, fazendo diversas pessoas venderem itens com preços muito altos.
Conheça a moeda de 1 REAL que se valorizou
No Brasil, a Casa da Moeda fabrica o dinheiro conforme os pedidos feitos pelo Banco Central (BC). Em algumas ocasiões, como datas comemorativas e momentos de celebração, o BC costuma solicitar a fabricação exclusiva e limitada de alguns exemplares. Geralmente, são estes modelos que costumam valer uma fortuna devido à sua quantidade restrita.
Para comemorar a realização das Olimpíadas no Brasil, o Banco central lançou 16 moedas das Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016. Em síntese, os modelos traziam estampas de modalidades olímpicas e paralímpicas. E muita gente paga milhares de reais pela coleção completa.
Um destes itens pode ser vendido por até R$ 300, segundo o catálogo de Moedas com Erros. O item possui um gato no seu anverso, trazendo também a legenda “Brasil”. Já no reverso, permanece o padrão da moeda de R$ 1, com o valor de face “1 REAL” e o ano de “2015”, ano da sua fabricação.
Confira o erro da moeda de 1 real
A moeda de 1 real comemorativa traz o mascote dos jogos olímpicos. A Casa da Moeda produziu quase 20 milhões de unidades. Destas, poucos exemplares possuem um erro que passa despercebido para a maioria das pessoas. A propósito, o exemplar tem o reverso invertido.
Para conferir se o modelo tem esse erro, basta girá-lo na vertical, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. Se, ao girar a moeda, o reverso ficar de ponta cabeça, significa que ele está invertido, algo que não deveria acontecer.
Na verdade, as moedas são fabricadas para que o anverso e o reverso fiquem em posição alinhada. Entretanto, alguns exemplares vêm com um erro de fabricação, com o reverso invertido em 180º. Como apenas alguns exemplares possuem esses erros, seus valores crescem significativamente.
Cabe salientar que os valores informados em catálogos são apenas estimativas para as moedas. Na verdade, tudo depende da negociação entre vendedores e compradores, já que uma pessoa pode se mostrar disposta a pagar mais caro que outras pelos itens.
Inclusive, no catálogo ilustrado de Moedas com Erros, o item possui o valor de R$ 2.500, mas o valor atualizado já chega a R$ 3.000 por causa da dificuldade em encontrar o exemplar no país, com algumas pessoas dispostas a pagar até R$ 3.200 pelo modelo.
Estado de conservação influencia valor dos itens
As moedas recebem algumas classificações quanto ao seu estado de conservação. O primeiro termo se chama flor de cunho, que se refere aos exemplares que não circularam, ou seja, não apresentam qualquer sinal de desgaste ou manuseio. Em outras palavras, são moedas que não possuem marcas e estão em perfeito estado de conservação. Estes são os modelos que valem mais.
Por sua vez, o estado de soberba se refere às moedas que apresentam, aproximadamente, 90% dos detalhes da cunhagem original. Em suma, os exemplares que tiveram uma pequena circulação se enquadram neste segmento.
Já a moeda muito bem conservada (MBC) se caracteriza por ter mais sinais de manuseio e uso. Os itens devem apresentar, aproximadamente, 70% dos detalhes da cunhagem original. Além disso, o seu nível de desgaste deve ser homogêneo, sem ter um local bem mais desgastado que outro.
Por fim, os interessados em vender seus exemplares podem entrar em sites especializados. Existem diversas formas para vender moedas raras, como lojas especializadas e leilões, bem como grupos de Facebook e marketplaces online (como Mercado Livre e Shopee), isso sem contar na venda direta para colecionadores.