A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) apresentaram ontem (7), em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma solicitação de revogação do novo ensino médio.
Durante a reunião que aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença de representantes de entidades de trabalhadores da educação, foi discutida também a possibilidade de descontinuar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militar (Pecim), criado em 2019 pelo governo de Jair Bolsonaro.
O projeto de reestruturação do Ensino Médio, por sua vez, é anterior ao governo de Bolsonaro. A aprovação do projeto aconteceu em 2017, durante o gestão de Temer. No entanto, a implementação do novo formato do Ensino Médio teve início no ano passado e, segundo calendário do Ministério da Educação, será concluída apenas em 2024. No entanto, problemas estruturais e outros fatores têm dificultado o processo de implementação.
Na última semana, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que será formado um novo grupo de trabalho para dar andamento à implementação. O ministro evitou a ideia de revogação do novo ensino médio. Nesse sentido, Camilo afirmou:
“Não é questão de revogar. O [novo] ensino médio está em andamento. O que nós estamos colocando é criar um grupo de trabalho, que será oficializado por portaria. Vamos reunir todos os setores para discutir”.
Já o presidente da CNTE, Heleno Araújo, defendente a revogação. Em entrevista à Agência Brasil, ele afirma que “A ideia é revogar o entulho do golpe. O novo ensino médio veio, por imposição, através de uma Medida Provisória, por um governo que não tinha legitimidade popular, sem qualquer diálogo com os setores da área de educação”.
De acordo com Heleno, a CNTE apresentou ao presidente a demanda de revogação do ensino médio e da Base Nacional Comum Curricular. Segundo ele, Lula prometeu avaliar a solicitação.
Com informações da Agência Brasil.
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