Escrito na década de 50 pelo autor brasileiro Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um Sargento de Milícias foi publicado em formato de folhetim, entre os anos 1852 e 1853. Desse modo, o romance se ambienta no Rio de Janeiro do século XIX. Apresentando pela primeira vez a figura do malandro na literatura brasileira, o autor mostra a vida do subúrbio do Rio em contraste com a cultura elitizada da corte.
Por conta do formato em folhetim, a obra traz uma trama mais complexa, portanto, é repleta de reviravoltas e de ação para prender a atenção dos leitores. Além disso, a linguagem usada tem caráter mais coloquial. A obra se insere no período do Romantismo, mas também têm muitas características do Realismo.
O romance Memórias de um Sargento de Milícias traz um narrador-testemunha, de modo que o foco narrativo é em terceira pessoa e o narrador observa os acontecimentos, mas não interfere na narrativa com a sua subjetividade. De modo resumido, o enredo conta a trajetória de Leonardo. Protagonista de diversas cenas divertidas, ele é filho da camponesa Maria das Hortaliças e de Leonardo-Pataca, um negociante de roupas. Ambos são imigrantes portugueses.
O narrador expõe a vida de Leonardo desde o seu nascimento, passando pela juventude e por seus diversos desafios, peripécias e desventuras, até a sua fase adulta. Na juventude, o rapaz se vê obrigado por dois policiais a se alistar no Exército. No entanto, mesmo dentro dentro da polícia ele mantém sua postura de malandro. Ainda assim consegue o posto de sargento.
Entre as principais personagens figuram ainda o Major Vidigal, Maria Regalada, Luisinha, Vidinha, Cigana, José Manuel e Tomás da Sé. A narrativa tem curso cronológico. A obra está disponível em domínio público. Clique aqui para acessar.
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