O presidenciável Ciro Gomes (PDT) disse em entrevista que não gostou da ideia do Governo Federal de reformular o atual Bolsa Família. De acordo com o pedetista, o melhor a se fazer seria criar um programa de renda básica para os mais necessitados de forma permanente. Foi isso, aliás, o que ele prometeu fazer.
De acordo com Ciro, caso ele seja eleito, o Brasil iria criar uma espécie de “Programa Suplicy”. Ele usou esse nome em referência ao político Eduardo Suplicy, que tem uma proposta antiga e famosa de criação de um programa de renda básica para a população mais pobre. O pedetista, no entanto, não deu mais detalhes sobre o projeto.
Hoje, de acordo com informações oficiais, a ideia do Governo Federal é criar um novo programa para substituir a atual versão do Bolsa Família. O benefício, aliás, vai mudar de nome. A partir de novembro, ele vai passar a se chamar Auxílio Brasil. E esse é um ponto que o poder executivo nem está colocando mais em discussão.
O que se discute mesmo é o tamanho do aumento do projeto. Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 14,7 milhões de brasileiros recebem o dinheiro do programa. Eles pegam quantias que possuem uma média mensal atual de R$ 189. Pelo menos é isso o que dizem os dados oficiais.
A tendência é que o número de beneficiários suba para a casa dos 17 milhões. Além disso, eles deverão aumentar os valores médios do programa para algo em torno de R$ 300. De qualquer forma, o Governo ainda não bateu o martelo para nenhuma dessas informações. Isso só deve acontecer por volta do final do próximo mês de setembro.
Não é só o presidenciável Ciro Gomes que está fazendo comentários sobre as mudanças do Bolsa Família. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também vem falando sobre essas alterações que o Governo Federal está implementando no projeto em questão.
Recentemente, Lula disse que o Planalto tem mesmo que aumentar os valores do Bolsa Família. De acordo com o ex-presidente, muita gente estaria passando fome no Brasil neste momento. Por isso, o aumento seria necessários para todas essas pessoas que estão precisando de ajuda.
No entanto, o petista disse que vai fazer mais do que isso caso volte a ocupar a cadeira da presidência. De acordo com ele, o seu primeiro ato seria acabar com o teto de gastos públicos. O que, de acordo com ele, liberaria o Planalto para fazer pagamentos maiores em programas sociais.
O fato mesmo é que dias depois da apresentação da Medida Provisória (MP) do novo Bolsa Família, membros da oposição estão, no geral, criticando muito essas alterações propostas pelo Governo Federal neste momento.
Deputados estão dizendo, por exemplo, que o poder executivo vai acabar diminuindo a quantidade de usuários assistidos pelo Governo, e não aumentando. Eles se baseiam nos números do próprio Ministério da Cidadania para chegar nesta conclusão.
Até aqui o Palácio do Planalto não vem respondendo nenhuma dessas críticas. Membros do poder executivo estão se limitando a dizer que o programa é fruto da “sensibilidade do Presidente Jair Bolsonaro”.