A empresa Pan Produtos Alimentícios solicitou ao Tribunal de Justiça de São Paulo, na última semana, uma troca da recuperação judicial pela falência. De acordo com informações oficiais, a empresa estava nesse processo desde 2021, com a dívida acumulada em R$ 260 milhões.
Até o momento, cerca de 50 funcionários continuam empregados na empresa, no entanto, por tempo determinado.
No documento do solicitação, a Pan ressalta a insuficiência em seu caixa, bem como a impossibilidade de regularizar as dívidas. Ademais, consta no documento que a empresa não paga os impostos há mais de 20 anos. A maior parte das dívidas tributárias são de muitos anos atrás, sem indícios de quitação. Portanto, com o atual pedido, a empresa pode declarar oficialmente a sua falência em poucos dias.
Na última semana, a Justiça de São Paulo decretou a falência da Livraria Cultura, uma das mais famosas do país. De acordo com informações oficiais, o fim da empresa se deu em razão do não cumprimento do plano de recuperação judicial.
É importante salientar que a Livraria Cultura teve o plano de recuperação judicial aprovado há mais de quatro de anos. No entanto, em 2021 a empresa entrou com uma nova solicitação de um plano para recuperação, que não foi seguido corretamente pela livraria, o que ocasionou a falência.
A princípio, o primeiro plano de recuperação judicial apontava a dívida da empresa no valor de R$ 280 milhões. De acordo com a Livraria Cultura, desde 2014 a redução no mercado editorial tem afetado as suas finanças. Além disso, a crise econômica enfrentada no país fez com que a situação piorasse.
Hoje, a empresa possui apenas duas lojas, sendo uma em Porto Alegre (RS) e outra na cidade de São Paulo. A última, localizada no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, é considerada uma das principais livrarias do país.
A saber, de acordo com o juiz do caso, Ralpho Waldo de Barros, o principal motivo da falência da Livraria Cultura estava relacionado a alguns desacordos com o plano de recuperação.
Algumas pendências da empresa foram divulgas, como o não pagamento de dívidas trabalhistas e credores, o não envio de documentos dentro de prazos estabelecidos, dentre outras situações. De acordo com informações oficiais, a dívida da empresa supera o valor de R$ 1,6 milhão.