Mais de 181,8 milhões de chaves Pix foram cadastradas até fevereiro de 2021. Neste cenário, 275,3 milhões de transações foram realizadas e R$ 197,7 bilhões foram movimentados. Se o êxito é visto como algo positivo pelo mercado, por outro lado nem tudo são flores. Criminosos tem se aproveitado de “armadilhas virtuais” para aplicar golpes.
Isso não significa que a chave Pix não é segura, mas que é preciso ficar atento para novos golpes que possam surgir, já que os criminosos tentam se aproveitar deste momento a todo custo.
Cabe ao usuário se informar e conhecer os 4 golpes mais aplicados. O levantamento foi realizado pelo Estadão.
Veja abaixo:
1.Golpe da clonagem do Whatsapp
Os criminosos tentam ser passar por uma empresa ou instituição na qual o usuário tem algum cadastro, compra ou contato. Neste caso, é solicitado o “código de segurança” do WhatsApp, como uma maneira de confirmar algum serviço ou a identidade.
Com a informação do código de segurança, os criminosos então clonam o WhatsApp da vítima e começam a pedir dinheiro emprestado para os contatos por meio da chave PIx.
Neste caso é importante ficar atento e não passar os seu código de segurança em hipóteses alguma. Veja também como ativar a verificação em duas etapas – um importante mecanismo para evitar a clonagem do seu WhatsApp.
2. Golpe de engenharia social com WhatsApp
Este tipo de golpe é um pouco mais simples, mas demonstra como nossos dados são frágeis. O criminoso cria outra conta no WhatsApp, com outro número, porém com sua foto e tenta se passar por você. Para explicar a troca de número, diversas são as possíveis desculpas, uma delas é dizer que a vítima foi roubada.
Com a conta falsa, o golpista consegue os números dos seus contatos e entra em contato se passando por você. Uma possibilidade é que o criminoso tenha acesso a dados vazados, outra é coletar o número de celular dos seus contatos pelo facebook.
“A Febraban alerta que é preciso ter muito cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário”, explica a instituição.
Os criminosos entram em contato via telefone, email ou mensagem e se passam por funcionários de bancos e pedem a confirmação de dados da chave Pix.
“O cadastro é feito dentro do ambiente virtual do seu banco ou carteira digital. E quando você cadastra, tem uma validação em duas etapas, ou seja, vai a confirmação para o seu email. Além disso, essas transferências são feitas pelos aplicativos das instituições, nunca fora deles”, Fernanda Garibaldi, head da área de Fintech e Meios de Pagamento do Felsberg Advogados.
Alegando “bug” no sistema do Pix, criminosos alegam que qualquer valor depositado em determinada conta, volta em dobro para quem transferiu pelo PIX.
O que na realidade não acontece. Na realidade, a vítima transfere o dinheiro para chave Pix informada pelos criminosos e não recebe nenhum dinheiro de volta, quanto mais em dobro. O usuário que faz tal transferência na verdade só perde dinheiro e é enganado pelos criminosos.