A cesta básica ficou mais barata na maioria dos locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em agosto, assim como aconteceu nos meses anteriores. Os brasileiros conseguiram gastar menos para comprar alimentos em boa parte do país.
Isso só não aconteceu em um dos locais pesquisados, cujos preços subiram no mês passado. A capital que teve uma cesta básica mais cara em agosto, na comparação com julho, foi Brasília.
Na capital federal, os preços subiram 0,35% no mês passado. Como a variação foi bem leve, os consumidores não devem ter sentido um peso maior no bolso. Já nos outros 16 locais pesquisados, a cesta básica ficou mais barata. Contudo, uma das capitais apresentou o maior preço do país.
No mês passado, apenas Brasília registrou encarecimento da cesta básica. Contudo, a capital federal não teve os alimentos básicos mais caros do país. Na verdade, a liderança permaneceu igual a de julho.
Em suma, a cesta básica de Porto Alegre foi a mais cara do Brasil em agosto, assim como aconteceu no mês anterior. Aliás, em julho, a capital gaúcha ultrapassou São Paulo, que vinha liderando o ranking nacional nos últimos meses, e teve a cesta mais cara do país.
Veja abaixo as cestas básicas mais caras do país em agosto:
Cabe salientar que, antes de julho e agosto, a última vez que a capital gaúcha havia tido a cesta básica mais cara do país foi no final de 2022. Durante todo o primeiro semestre deste ano, Porto Alegre ficou na segunda posição, atrás de São Paulo, mas isso mudou em julho.
Além disso, vale destacar que estes foram os únicos locais cujos preços superaram a marca de R$ 700. Em todas as demais capitais, os valores ficaram abaixo dessa faixa.
De acordo com o Dieese, a composição da cesta básica no Nordeste é diferente dos demais locais. Por isso, os menores valores do país em agosto foram registrados em capitais nordestinas. Confira os menores valores do país:
Em resumo, Aracaju teve a cesta básica mais barata do país em todos os meses de 2023. Isso quer dizer que os moradores da capital sergipana tiveram que gastar bem menos que os consumidores do Sul do país para adquirirem alimentos básicos neste ano.
Embora São Paulo tenha permanecido na segunda posição, a capital possui importância fundamental, pois figura como a cidade mais populosa do país, com mais de 12 milhões de habitantes.
Em agosto, os moradores de São Paulo tiveram que trabalhar 124 horas e 45 minutos para comprarem uma cesta básica. O tempo foi superior à média nacional (109 horas e 1 minutos), ficando atrás apenas do tempo de trabalho de Porto Alegre (126 horas e 46 minutos).
No acumulado de 2023, a cesta de São Paulo ficou 5,41% mais barata, aliviando um pouco o bolso dos consumidores. Já os moradores de Porto Alegre tiveram uma redução mais tímida no período, de 0,66%. Isso também explica a primeira posição da capital gaúcha, ultrapassando a capital paulista.
O Dieese revelou que nove dos 13 produtos pesquisados ficaram mais baratos em São Paulo no mês passado. Veja abaixo quais tiveram queda em seus valores:
Vale destacar a variação da batata, que ficou mais barata em todos os locais pesquisados em agosto. Em síntese, a maior oferta no varejo ocorreu devido à colheita da safra de inverno.
Por sua vez, o tomate ficou mais barato em 14 das 17 capitais pesquisadas. “Os períodos de calor intenso, em agosto, fizeram com que o fruto maturasse mais cedo, aumentando a oferta e reduzindo os preços na maior parte dos centros de varejo”, explicou o Dieese.
Os preços do feijão carioquinha caíram não só em São Paulo, mas em todas as capitais pesquisadas em agosto. Isso aconteceu devido ao grande volume colhido no país, que abasteceu o mercado, reduzindo consequentemente os preços no varejo nacional.
Por fim, os produtos que ficaram mais caros em São Paulo em agosto foram: banana (4,01%), açúcar refinado (0,95%), pão francês (0,50%) e manteiga (0,22%).