A vida do brasileiro não está fácil, ainda mais num cenário de alta da cesta básica. Recente pesquisa constatou que o preço da cesta básica no país pode chegar a R$673,45 – o valor é 61% de quem ganha um salário mínimo, por exemplo.
Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgados nesta quarta-feira (6).
A pesquisa também descobriu que em oito locais é preciso gastar mais de R$ 600 para comprar uma cesta básica, já em outras quatro é preciso ter mais de R$ 500.
Saiba aqui porque o auxílio emergencial foi considerado “auxílio da fome”.
Entre as capitais com o preço de cesta básica mais caras estão São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, já onde é mais barato comprar os alimentos está Aracaju, João Pessoa e Salvador.
Comparadas ao mesmo de agosto a cesta básica ficou mais para as capitais de Brasília (3,88%), Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). Já as capitais que apresentaram diminuição de preço lideram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%).
Já na comparação de setembro de 2020 com setembro 2021 o preço da cesta básica subiu em todas capitais pesquisadas, com destaque para maiores alta em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e
São Paulo (19,54%).
Com base no preço da cesta básica, o Dieese também estima que o salário necessário para despesas básicas é de R$ 5.657,66, o que significa 5,14 vezes dos R$ 1,1 mil – salário mínimo atual.
Desta forma, para comprar ao menos uma cesta básica o trabalhador que ganha o mínimo precisou trabalhar 115 horas e 02 minutos (média entre as 17 capitais) em setembro. em agosto o tempo foi de 113 horas e 49 minutos.
Com base na média de preço entre as capitais, a pesquisa concluiu que 56,53% do salário mínimo do trabalhador brasileiro vai para compra de alimentos. Com o restante, o trabalhador ainda precisa pagar despesas como luz, água e aluguel.
Estre os alimentos que ficaram mais caros estão o açúcar, café, óleo de soja e pão francês.