Em 2021, a cesta básica dos brasileiros teve aumento em 13 das 17 cidades pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O aumento foi notado em capitais como São Paulo, Florianópolis, Vitória e Belo Horizonte. Apenas quatro cidades pesquisadas não tiveram aumento.
A cesta básica mais cara do Brasil neste início de ano foi a de São Paulo capital. O custo médio na cidade é de R$ 654,15, representando uma alta de 3,59%, quando comparado ao valor registrado em dezembro de 2020. Nos últimos 12 meses, a cesta básica teve um aumento de 26,40% na capital paulista.
A maior alta entre as cidades pesquisadas foi vista em Florianópolis (Santa Catarina). A cidade registrou alta de 5,82%. Em seguida, a maior alta foi registrada em Belo Horizonte (Minas Gerais), de 4,17%. Logo depois, aparece Vitória (Espírito Santo), de 4,05%.
Por outro lado, as quatro cidades que não apresentaram alta foram Natal (Rio Grande do Norte), Aracaju (Sergipe), Fortaleza (Ceará) e João Pessoa (Paraíba). As quatro cidades que apresentaram queda no valor da cesta básica foram no valor de -0,94% em Natal, -0,70% em João Pessoa, -0,51% em Aracaju e -0,37% em Fortaleza.
O Dieese ainda concluiu que o valor ideal do salário mínimo dos brasileiros, neste início de 2021, seria de R$ 5.495,52. O valor é correspondente a cerca de cinco salários mínimos no valor atual, de R$ 1.100. O valor apontado pelo Dieese é calculado de acordo com a cesta básica mais cara do Brasil, que é a de São Paulo.
O valor sugerido de salário mínimo é o ideal para atender despesas de um brasileiro de uma família com dois adultos e duas crianças. O salário mínimo de R$ 5.495,52 seria ideal para gastos com alimentação, saúde, moradia, educação, vestuário, transporte, previdência, higiene e lazer.
Entre as 17 capitais analisadas, 11 apresentam valor da cesta básica que custa mais da metade do salário mínimo atual.