Cerca de 40 milhões vivem com menos de R$ 89 por mês no Brasil
O Brasil tem hoje cerca de 40 milhões de pessoas vivendo em situação de extrema pobreza. Para tentar entender o que isso significa, basta saber que esses brasileiros estão vivendo com menos de R$ 89 por mês. São cerca de 14,5 milhões de famílias nesta situação.
Os números são do Ministério da Cidadania e mostram o retrato da situação da extrema pobreza no Brasil ainda no último mês de abril. Este foi o mês em que o Governo começou os pagamentos da nova fase do Auxílio Emergencial agora em 2021.
Não está claro, no entanto, se esse seria um cenário de antes ou de depois do início dos pagamentos. No entanto, independente disso, os números mostram a gravidade da situação no país neste momento. Pelo menos é isso o que os especialistas dizem.
De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, esse número de miseráveis é maior do que aquele que o Brasil registrava no período de antes da pandemia. E o aumento aconteceu por razões óbvias. É que por causa do coronavírus muita gente teve que deixar de trabalhar. Esses brasileiros acabaram perdendo muita renda neste último ano.
Vale lembrar que uma cesta básica nas principais cidades do país costuma custar muito mais do que isso. De acordo com as informações oficiais, cidades como São Paulo e Rio de Janeiro normalmente possuem cestas que custam mais do que R$ 600 em média.
Além do Auxílio Emergencial
Esse número do Ministério da Cidadania acaba jogando ainda mais pressão no Governo Federal. Acontece que o Palácio do Planalto está sendo pressionado para apresentar novos projetos sociais que atendam justamente este público no segundo semestre.
O Governo, por sua vez, afirma que tem em mente uma série de ideias. Uma delas é prorrogar o Auxílio. De acordo com o Ministério da Economia, essa prorrogação poderia acontecer até novembro. No entanto, essa ainda não é uma informação oficial.
Além disso, há ainda a ideia de criar uma nova versão do programa Bolsa Família. O objetivo do Governo é que o projeto se torne ainda maior do que o atual. Para isso, eles querem subir o valor da média de pagamentos e aumentar o tamanho do público alvo. Também não há nada de oficial sobre esse programa ainda.
Extrema pobreza
Por causa dessa indefinição, os outros poderes estão começando a agir neste sentido. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Governo precisa criar um programa de renda básica o mais rapidamente possível. No entanto, ainda não há uma data para isso.
Ao mesmo tempo, uma parte do Congresso Nacional está fazendo pressão para que o Governo anuncie logo a prorrogação do Auxílio Emergencial. Outra parte, essa notadamente formada pela oposição ao Presidente Jair Bolsonaro, quer subir esse valor do benefício para a casa dos R$ 600.
Oficialmente o que se sabe mesmo é que os pagamentos do Auxílio Emergencial devem seguir até o próximo mês de julho. Este ano, aliás, o Governo Federal está pagando quatro parcelas de valores que variam entre R$ 150 e R$ 375. São montantes menores do que aqueles que o Planalto pagou no ano passado.