Algumas regiões do Brasil estão em alerta de precipitação de chuvas, prevista para ocorrer agora no mês de janeiro. Nesse cenário, apesar de terem sido registrados poucos acumulados, nesta semana há um novo aviso de tempestade pelo Inmet.
Centenas de cidades serão atingidas nos próximos dias, em diversos estados do país. Desse modo, os volumes podem passar de 60 mm.
Os dados de meteorologia mostram previsão de chuva até a última semana do mês, mas já com menos intensidade do tempo. Assim, as perspectivas evidenciam que, no momento final, os acumulados poderão passar de 50 mm, incluindo, a propósito, o oeste da Bahia.
Os volumes podem passar de 60 mm, como já aconteceu em São Luís (MA) e em Zé Doca (MA) nos últimos dias.
As demais localidades da região não serão tão afetadas. Pois, as chuvas sequer devem ultrapassar os 30mm até o dia 31. Assim, mesmo com o Nordeste em aviso de tempestade pelo Inmet, na costa leste, algumas áreas irão ficar até mesmo mais secas, destoando bastante do tempo dos outros locais.
Na maior parte da região, a temperatura dos estados vai passar de 30 °C e irá proporcionar ao céu tons vermelhos e roseados. Aliás, a principal área com registro de ondas de calor, a qual coincide com os pontos mais secos, é a costa leste do Nordeste.
Porém, as cidades com as maiores temperaturas estarão situadas em outros locais, estando presentes, principalmente, no Rio Grande do Norte, no Ceará e na Paraíba. No dia 19 de janeiro, as máximas poderão ultrapassar 34 °C, como já chegou em 40 °C em Jaguaribe (CE) e em 37,8 °C em Apodi (RN) e em Morada Nova (CE).
Com relação às mínimas, as variações estarão entre 22 °C e 28 °C em quase todas as áreas da região. Mais uma vez, a costa leste estará apresentando algumas distinções esse ano do restante da localidade. Isto é, mostrando temperaturas mínimas um pouco mais baixas que 22 °C.
O fenômeno que mais está influenciando o clima da costa do país é o La Niña, surgindo e persistindo em muitos anos desde a década de 1950. Dessa forma, a sua principal contribuição para o Brasil é propiciar um período mais úmido durante alguns meses.
Desse modo, o La Niña favorece a precipitação de chuvas no centro norte da nação, com maior evidência, principalmente, no Norte e no Nordeste. Entretanto, esse fenômeno climático está chegando ao fim e poderá alterar o tempo em janeiro dos próximos anos.
A divulgação pelo Inmet de que o Nordeste tem aviso de tempestade evidenciou um fato já previsto pelos estudiosos. Com o fim dessa influência marítima específica, nesse ano, a costa da região viria a ser atingida com mais vigor antes de diminuir, futuramente, as precipitações nessa área.
Logo, o padrão de distribuição de chuvas já está sendo diferente em 2023 e tende a mudar ainda mais, podendo já observar em 2024, uma redução da taxa de umidade.
Além disso, o que se observa atualmente é um resfriamento das áreas mais ao norte da superfície do Atlântico Sul. Esse processo, inclusive, já se destoa do mês passado, no qual foi visto um aquecimento significativo na altura do Norte-Nordeste. Portanto, a confluência desses fenômenos é quem estará determinando as alterações previstas pelos pesquisadores.
Voltando para o momento atual, juntamente com as chuvas que poderão chegar a 100 mm por dia, os fortes ventos irão atingir as centenas de cidades que tem aviso de tempestade pelo Inmet. Nas localidades, os ventos poderão variar de 60 a 100 km por hora.
Logo, haverá maiores riscos nas ruas, principalmente com os postes, as fiações e com galhos de árvores, os quais podem cair, inclusive em carros estacionados. Com isso, são previstos cortes e quedas de energia em bairros ou até mesmo em cidades.
Por fim, os alagamentos já costumam ser frequentes em muitos estados do Nordeste. Por isso, os cuidados devem se manter nos próximos dias, ainda mais em áreas com maior probabilidade de deslizamentos.
Se puder evite sair de casa. Em caso de saída inevitável, evite andar próximo às árvores ou postes. Em caso de piora de tempo, procure um abrigo o mais rápido possível.