Economia

Cenários analisados para a projeção da inflação

Conforme análise do Banco Central do Brasil (BCB), alguns cenários são analisados para as projeções oficiais da instituição, principalmente no que se refere aos fatores que impactam a inflação

Cenários analisados para a projeção da inflação

Na projeção do Cenário A, que utiliza trajetória descendente para o preço do petróleo em 2022, taxa Selic da pesquisa Focus e taxa de câmbio seguindo a PPC (paridade de poder de compra), a inflação acumulada em quatro trimestres atinge pico de 10,6% no primeiro trimestre de 2022, caindo para 6,3% no final do ano, acima do limite superior do intervalo de tolerância (5,00%) da meta para a inflação (3,50%). 

A inflação projetada cai para 3,1% em 2023 e 2,3% em 2024, diante de metas para a inflação de 3,25% e 3,00%, respectivamente, informa o Banco Central do Brasil (BCB) em análise oficial.

Hipótese usual para a trajetória do preço do petróleo

Por sua vez, na projeção do Cenário B, que utiliza hipótese usual para a trajetória do preço do petróleo, taxa Selic da pesquisa Focus e taxa de câmbio seguindo a PPC, a inflação acumulada em quatro trimestres fica em 10,6% nos dois primeiros trimestres do ano, caindo para 7,1% no final do ano, também acima do limite superior do intervalo de tolerância (5,00%) da meta para a inflação (3,50%).

A inflação projetada cai para 3,4% em 2023 e 2,4% em 2024, diante de metas para inflacionária de 3,25% e 3,00%, respectivamente, informa o Banco Central do Brasil (BCB).

Probabilidades

Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se o aumento da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2022, que passou de cerca de 41% no Relatório anterior para em torno de 88% no Cenário A e 97% no Cenário B.

De acordo com análise oficial do Banco Central do Brasil (BCB), na comparação com o Relatório de Inflação anterior, no Cenário A, as projeções de inflação subiram para 2022 e caíram para 2023 e 2024, enquanto, no Cenário B, subiram para 2022 e 2023 e reduziram para 2024.

Destaca-se o impacto do forte crescimento do preço do petróleo

Especificamente para 2022, destaca-se a inflação observada 0,74 p.p. maior do que a prevista para o período de janeiro e fevereiro e a elevação da projeção de curto prazo, que se propaga no horizonte via inércia inflacionária. 

No curto prazo, destaca-se o impacto do forte crescimento do preço do petróleo. Ressalta-se, no sentido contrário, a trajetória de taxa Selic ainda mais elevada em relação ao valor considerado neutro, define o Banco Central do Brasil (BCB) em recente documento oficial.