O cartão de crédito é um recurso muito presente nas famílias brasileiras, contudo, mais e mais golpes utilizando esse instrumento vem aparecendo. De acordo com um relatório da Neotrust, as compras online se tornaram uma tendência com o avanço da pandemia. No Brasil foram realizadas 78,5 milhões de compras em e-commerce nos primeiro trimestre de 2021, resultando em um aumento de 57,4% com relação a 2020, informou a pesquisa.
Tendo isso em vista, os bandidos montaram um esquema on-line de venda de cartões de crédito clonados. A partir do vazamento de dados cadastrais ou de programas espiões que invadem celulares ou computadores, os criminosos oferecem informações de cartões de crédito clonados para serem utilizados em compras on-line.
Os golpistas dividem as ofertas em categorias. Em uma delas, o comprador paga determinado valor, mas não sabe exatamente quanto terá disponível para compra, sendo informado apenas sobre um valor médio. Por exemplo: se optar pelo cartão denominado “Classic”, o interessado paga R$ 30 e pode receber até R$ 400 de saldo. Quanto maior o limite do cartão clonado, maior o preço cobrado pelas informações negociadas ilegalmente.
Ainda sobre o golpe que está sendo aplicado, em alguns perfis não há garantia de aprovação da compra, nem do saldo da conta. Com isso, o comprador tem 10 minutos para fazer a troca de um cartão recusado se a compra on-line for bloqueada. Se não der certo de novo, não pode fazer outra troca.
O pagamento para este serviço é feito por PIX e, em seguida, o vendedor envia os dados do cartão de crédito clonado para o comprador, como número, data de vencimento e código de segurança. O esquema só envolve compras on-line, já que não existe cartão físico. Os vendedores de cartões clonados são chamados de “cartãozeiros”. Deve-se lembrar que quem compra esse tipo de serviço pode ser enquadrado como estelionatários e estão sujeitos a penas ainda maiores.
De acordo com Flávio Filizzola, especialista em cibercrime: “O indivíduo que adquire esse cartão acredita que está protegido. Tudo que é feito na internet deixa rastros, deixa vestígios. Quem clona, tem uma pena de um a quatro anos. Quem pega esse cartão e faz as compras, comete uma modalidade de estelionato que é recente, chamada fraude eletrônica, com uma previsão de pena de quatro a oito anos”.
O designer gráfico Victor Rocha foi uma das vítimas desse tipo de golpe, ele informa que, no caso dele, o próprio banco identificou a fraude e o informou. “Eu recebi a notificação pelo celular dizendo que uma compra irregular havia sido identificada, fora dos meus padrões. O cartão foi automaticamente bloqueado”, disse.
Veja a seguir 9 instruções para evitar alguns golpes:
Hoje em dia, está sendo muito comum se ver vítima de estelionatários cada vez mais criativos e sofisticados em seus golpes. Por isso, atenção e segurança são quesitos imprescindíveis para se manter a salvo. Ao seguir as dicas passadas, seu cartão de crédito ficará muito mais seguro.