A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) a criação e uma nova pensão especial mensal para mais um grupo de brasileiros. A ideia é pagar o novo auxílio para as pessoas que tenham deficiência permanente de microcefalia ou de Síndrome-Barré associadas à infecção pelo vírus zika.
O projeto em questão, no entanto, ainda não está valendo de fato. Logo depois da aprovação na Câmara dos Deputados, o texto deve seguir para o Senado Federal, onde ainda não tem prazo para ser votado oficialmente, de acordo com alguns senadores.
Hoje, a Lei 13.895/20 já estabelece uma pensão mensal no valor de um salário mínimo para crianças que nasceram com microcefalia entre os dias 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2019. De todo modo, a regra atual não permite que a família acumule este valor com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), ou com qualquer outra indenização paga pela União.
Segundo as informações do texto aprovado, o valor mensal da pensão será equivalente ao teto do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que atualmente está na casa dos R$ 7.507,49. Mas este valor aumenta a cada ano. Assim, em caso de aprovação no Senado, o auxílio já teria um valor maior em 2024.
Trata-se de uma pensão de caráter vitalício, ou seja, as pessoas poderiam receber este valor todos os meses até o fim de suas vidas.
Para além desta pensão, o projeto também prevê que o governo federal seria obrigado a pagar uma indenização em valor único no valor de R$ 50 mil para as pessoas que ainda sofrem com os efeitos da infecção.
“É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV). Arboviroses são doenças causadas por vírus (arbovírus) transmitidos por meio da picada de mosquitos, principalmente fêmeas. O ZIKV foi isolado pela primeira vez em macacos na floresta Zika de Kampala, Uganda no ano 1947. O primeiro isolamento humano do ZIKV foi relatado na Nigéria em 1953. Desde então, o ZIKV expandiu sua abrangência geográfica para vários países da África, Ásia, Oceania e Américas”, diz o Ministério da Saúde.
“A maioria das infecções pelo ZIKV são assintomáticas ou representam uma doença febril autolimitada semelhante às infecções por chikungunya e dengue. Entretanto, a associação da infecção viral com complicações neurológicas como microcefalia congênita e síndrome de Guillain-Barré (SGB) foi demonstrada por estudos realizados durante surtos da doença no Brasil e na Polinésia Francesa”, segue o Ministério.
Ainda não existe um antibiótico específico para tratar o zika vírus. Atualmente, o tratamento inclui as seguintes medidas:
Também não existem vacinas ou terapias que possam evitar a contaminação pelo vírus em questão. De todo modo, o Ministério da Saúde alerta que as pessoas podem tomar algumas medidas mais claras para diminuir as chances de ser acometido por esta enfermidade. Abaixo, você pode conferir algumas destas medidas: