Cálculo político pode determinar prorrogação do auxílio emergencial - Notícias Concursos

Cálculo político pode determinar prorrogação do auxílio emergencial

O Governo Federal liberou o último saque do auxílio emergencial até o fim de janeiro. De acordo com dados fornecidos pela Caixa Econômica Federal, foram 67,8 milhões de pessoas beneficiadas com o benefício, totalizando um valor de quase R$ 300 bilhões.

Entretanto, segundo informações do Datafolha, o auxílio emergencial, que para 36% da população era a única fonte de renda durante a pandemia do novo coronavírus, ainda não tem perspectivas de prorrogação para 2021, especialmente com eleição do deputado Arthur Lira (Progressistas-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (Democratas-RO) para as presidências da Câmara e Senado, respectivamente, prevista para esta segunda-feira, 1º de fevereiro.

Um dos motivos para a queda na avaliação do governo Bolsonaro foi o término do auxílio emergencial. Quase 70 milhões de brasileiros serão impactados com a medida.

O fim do benefício e crescente taxa de desemprego, além da iminência de novos postos de trabalho fechados, por conta de novas medidas de restrição sanitárias para combater a segunda onda do novo coronavírus no país — projeta um cenário, no mínimo, catastrófico para uma parcela considerável da população, de fragilidade econômica, financeira e de saúde.

“Para população vulnerável, nesse período, essa foi a única renda e a principal maneira de suprir as necessidades básicas. E agora a tendência é de que exista um descontentamento, é uma encruzilhada complexa, pois de um lado tem o mercado esperando a volta de temas como responsabilidade fiscal, e do outro uma população que convive com o desemprego gigantesco em uma pandemia que só piora. A população está muito vulnerável do ponto de vista de trabalho, saúde e renda”, analisa o especialista em finanças Arthur Igreja ao portal do R7.

Governo estuda nova fase do auxílio emergencial pagando R$ 200 por três meses

O Ministério da Economia está estudando uma nova fase de pagamento do auxílio emergencial. O jornal Valor Econômico divulgou que a ideia do governo é fazer uma nova fase do auxílio, mas focando apenas nos trabalhadores informais mais necessitados.

O auxílio começou a ser pago em parcelas de R$ 600 para milhões de brasileiros. Após nova prorrogação, menos beneficiários receberam o pagamento, que foi de R$ 300. Agora, o governo estuda pagar mais três meses, com R$ 200 a cada mês. O valor é parecido com o pago atualmente pelo Bolsa Família. O programa voltaria a ser pago por meio de Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial.

Com isso, o auxílio voltaria a ser pago para alguns brasileiros por meio de créditos extraordinários, sem os custos sendo considerados no teto de gastos da União. Para conseguir espaço no orçamento público, é necessário fazer congelamento generalizado de despesas do governo e dos estados. Uma das mudanças seria o corte no reajuste automático para servidores públicos. Segundo o jornal Valor Econômico, se a medida for aprovada pelo Congresso, há a possibilidade de reduzir parte do custo fiscal do novo auxílio.

O Valor Econômico divulgou ainda que o Congresso também pode mudar os termos de proposta realizada pela União. Isso aconteceu no início da pandemia do novo coronavírus. Na época, o governo de Bolsonaro sugeriu que o auxílio emergencial pagasse R$ 200 por mês. Mas o valor inicial do programa foi de R$ 600. Alguns meses depois, a prorrogação aprovada foi de R$ 300 por mês.

Na semana passada, Paulo Guedes, ministro da Economia, disse que o governo procura formas de incentivar a economia do Brasil durante a segunda onda da pandemia. Por isso, o auxílio emergencial pode retornar, se o número de casos e mortes por covid continuarem em alta.

“Se a pandemia tiver uma segunda onda, com mais de 1,3 mil, 1,5 mil, 1,6 mil mortes [diárias], saberemos agir com o mesmo tom decisivo, mas temos que observar se é o caso ou não… Se a doença volta, temos um protocolo de crise, que foi aperfeiçoado”, afirmou o ministro durante evento virtual realizado pelo Credit Suisse.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Obrigado por se cadastrar nas Push Notifications!

Quais os assuntos do seu interesse?